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JOÃO VICTOR SILVA ARAÚJO
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Placas de Peyer, ingestão de Bisfenol A e suplementação com Selênio em modelos murinos.
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Advisor : AIRTON MENDES CONDE JUNIOR
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Data: Oct 27, 2023
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Bisfenol A [2,2-bis (4hidroxifenil) propano, BPA], um dos desreguladores endócrinos, é objeto de grande preocupação devido ao uso generalizado em todo o mundo. Diversos estudos têm demonstrado que o BPA apresenta efeitos tóxicos quando ingerido, tornando o contato dessa substância um fator de risco para o desenvolvimento de distúrbios em diversos órgãos, dentre eles, o intestino e o tecido linfóide associado ao mesmo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a morfologia das placas de Peyer de ratos jovens suplementados com selênio expostos ao BPA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPI, como protocolo número 583/19. 28 ratos Wistar (Rattus novergicus albinus) filhotes machos foram divididos aleatoriamente em 4 grupos: Controle (CT), BPA, Se e BPA+Se. O desmame dos filhotes foi realizado no 21o dia e, a partir do dia 22 pós-natal, os animais do grupo BPA receberam doses diárias de 5 mg/kg de BPA diluído em 0,3 ml de óleo de milho, administradas por via oral. O grupo Se recebeu 10 μg/kg de Se, o grupo BPA+Se recebeu 5 mg/kg de BPA e 10 μg/kg de Se e o grupo CT não recebeu nenhuma substância, porém passaram pelo processo de gavagem oral. Após 4 semanas de exposição, os filhotes foram anestesiados e eutanasiados para coleta do intestino e posterior análise histológica, imunohistoquimica e morfometria. Nossos resultados mostraram que o BPA causou danos na camada epitelial das placas de Peyer, houve um desarranjo estrutural na arquitetura da região folicular dos grupos BPA e BPA+Se, zonas de inflamação com presença de vacúolos no tecido. Também foi observado uma redução da expressão por Ki-67 das placas de Peyer no grupo BPA, bem como uma redução significativa nos números de células de defesa no mesmo. Os animais que foram expostos ao BPA, mas suplementados com Se não mostraram danos na camada epitelial e não houve redução da expressão por Ki-67. O BPA, quando ingerido acima do nível de segurança, alterou tecido das PP e reduziu a proliferação celular. Além disso, o BPA reduziu a população de células imunes nas placas de Peyer. O Se foi capaz de reverter os danos observados, sugerindo um potencial antioxidante.
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ROSELMA DE CARVALHO MOURA
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Análise da distribuição geográfica de mormo no Piauí.
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Advisor : DAVID GERMANO GONCALVES SCHWARZ
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Data: Aug 30, 2023
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O mormo é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete os equídeos e caracteriza-se com uma grave zoonose. Contudo, no presente ano, houveram alterações importantes de instruções normativas referente ao diagnóstico de mormo no Brasil, podendo impactar na notificação de casos nos diferentes estados brasileiros. Com objetivo de avaliar o impacto de mormo no estado do Piauí, o presente estudo objetivou avaliar a distribuição geográfica de mormo nos diferentes municípios piauienses entre 2015 a 2022. Para esse período, realizou-se a obtenção do número de focos e casos de mormo por município e ano por meio dos dados obtidos pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí – ADAPI. Ainda, dados do censo dos animais foram obtidos pelo IBGE. Realizou-se a epidemiologia descritiva, e avaliação do risco de incidência da doença no espaço-tempo. Por fim, utilizou-se o software SatScan para detecção de cluster de maior risco de infecção. Os resultados demonstraram que no Piauí, os casos de mormo estão localizados em municípios da mesorregião do norte e centro-norte, principalmente nos municípios de Campo maior com 6 focos e 9 casos; Teresina com 5 focos e 6 casos; Altos com 4 focos e 14 casos; União com 3 focos e 6 casos e; Piracuruca com 3 focos e 3 casos. Além disso, quando analisado os RI (por 10,000 equídeos) nos municípios, os maiores ocorreram em Campo Maior (RI= 257,95), Paes Landim (RI=158.42) e Boqueirão do Piauí (RI=157,75). A análise de cluster revelou a formação de um único cluster primário com risco relativo de 14,88 entre 2019 a 2022, englobando 34 municípios da região norte e centro-norte. Portanto, no Piauí, mormo tem se demonstrado bem localizada, com notificação frequente principalmente em municípios fronteiriços e que apresentem frequentes eventos equestres. Além disso, Piauí tem potencial para propagação entre municípios e estados fronteiriços, devendo utilizar ações conjuntas para o controle da doença no estado. Este é o primeiro estudo demonstrando a distribuição dos casos notificados de mormo nos municípios do estado do Piauí.
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HYAN HENRIQUE ALMEIDA OLIVEIRA
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PRESENÇA DE TRIPANOSSOMATÍDEOS EM MORCEGOS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL.
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Advisor : VAGNER JOSE MENDONCA
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Data: Aug 22, 2023
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A relação entre morcegos e tripanossomatídeos é complexa e varia de acordo com as espécies de morcegos e parasitos envolvidos. Os morcegos podem abrigar esses parasitos em seus sistemas sem sofrerem consequências negativas. Além disso, eles desempenham um papel importante na disseminação e na manutenção desses parasitos em populações de vetores e outros hospedeiros. Neste estudo, nosso objetivo foi verificar a presença de tripanossomatídeos em morcegos no Estado do Piauí e Maranhão. Coletamos amostras sanguíneas dos morcegos usando redes de neblina em quatro cidades amostrais: Teresina, Altos, Floriano e no povoado Campo Grande na zona rural do município de Timon – MA. As amostras foram mantidas em --20°C para análise molecular. Para as análises moleculares, utilizamos os iniciadores (Primes) S4 e S12, que amplificaram um fragmento de 520pb do DNA alvo. Em seguida, esse fragmento de 520pb foi usado como molde para uma segunda amplificação (Nested PCR) com os primes S17 e S1, amplificando um fragmento menor de 480pb. Foram capturados um total de 46 morcegos, pertencentes a 09 espécies. Em todas as áreas amostradas, foi constatada a infecção por tripanossomatídeos. Dos morcegos analisados, 25 estavam positivos para tripanossomatídeos, com maior prevalência no município de Floriano, onde todos os animais capturados estavam positivos, em comparação com o ambiente silvestre. Esses resultados sugerem que os morcegos não devem ser descartados como possíveis portadores de tripanossomatídeos, e sua participação nos ciclos enzoóticos desses parasitos é relevante. A presença desses parasitos em morcegos pode ter implicações importantes na ecologia desses organismos, mas ainda há muito a ser compreendido sobre o papel dos morcegos na preservação dos ecossistemas relacionados a esses parasitos.
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MÉRIK ROCHA SILVA
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BOVINOS DA RAÇA CURRALEIRO PÉ-DURO: CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA, PREDIÇÃO DE PESO A PARTIR DE MEDIDAS CORPORAIS E AVALIAÇÃO DE CARCAÇA
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Advisor : JOSE LINDENBERG ROCHA SARMENTO
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Data: Aug 3, 2023
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Raças nativas são recursos peculiares à produção de alimentos, cujas intervenções para melhoramento genético devem ser promovidas com prudência diante da singularidade destes animais. No caso dos bovinos da raça Curraleiro Pé-duro criados na região Meio-Norte do Brasil, visa-se que intervenções com foco produtivo devem considerar o aspecto conservacionista, o que levou a objetivara partir dos genótipos elucidar a estrutura e diversidade genética e a partir dos fenótipos estabelecer equações preditivas de peso baseadas em medidas morfométricas e caracterizar as medidas de carcaça. Para tantos foram amostrados folículos pilosos de 474 indivíduos, dados morfométricos de 1083 e medidas de carcaça de 274 animais de diferentes fazendas distribuídas na região supracitada. As amostras biológicas foram submetidas à genotipagem com 17 marcadores microssatélites; em outra investigação os dados morfométricosde altura de cernelha, comprimento corporal, escore corporal, perímetro escrotal, perímetro torácico, sexo e peso vivo compuseram modelos de regressão linear generalizados (GLM) sob três diferentes distribuições de probabilidade da família exponencial, com diferentes funções de ligação, submetidos ao StepWise; e a terceira investigação utilizou-se das informações de peso e de carcaça obtidos por ultrassom Aloka SSD-500 em 3,5 MHz para obtenção da área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura subcutânea (EGS), as quais foram submetidas a análise de variância em função de categoria animal e fazenda amostradas, e os casos com diferenças significativas (p-valor <0,05) analisadas por testes de poshoc e regressão linear, determinar a relação peso vivo e AOL. Com relação aos genótipos dos animais amostrados, constatou-se que os marcadores utilizados foram adequados com PIC (Conteúdo de Informação Polimorfica) médio de 0,62; os alelos efetivos foram 4,25 por marcador, com média de heterozigosidades de 0,74 (observado e esperado), sendo menor em um dos rebanhos (0,70) em relação aos demais (0,77e 0,74). A Análise de Variância Molecular revelou maior taxa de variação dentro dos rebanhos (98,5%) e menor entre os rebanhos (1,5%). No entanto, não foram encontradas diferenças significativas entre os rebanhos com o teste de Mantel baseado em distâncias geográficas. A formação de agrupamentos genéticos por meio de inferência Bayesiana resultou em valores mínimos, com dois grupos genéticos principais (K=2). Portanto, com base nos valores de PIC e heterozigose, uma ampla diversidade genética foi observada, apesar de pequenas diferenças na estrutura da população entre os locais de amostragem. As investigações baseadas nos fenótipos possibilitaram a estimação do peso a partir de medidas morfométricas, em que há diferenças na dimensão de o quanto do peso pode ser estimado por variáveis morfométricas em cada uma das categorias animais. Como os fenótipos avaliados não apresentaram distribuição normal pelo teste de Shapiro-Wilk (p-valor > 0,05)no geral e com os dados agrupados por categoria, recorreu-se aos GLM, cuja distribuições mais adequadas por categoria foram Gamma com log como função de ligação, Gamma, Inversa Gauseana, Gauseana e Inversa Gauseana com log como função de ligação, respectivamente para recém-nascidos, crias, recrias, vacas e touros, com RMSE (Raiz do desvio quadrático médio) de 1,2210,74, 12,25, 22,73 e 20,05 Kg. A categoria touro apresentou modelo com maior assertividade, em que, o coeficiente de correlação entre o estimado com base no melhor modelo ajustado e efetivamente observado com balança, foi 0,97; essa mesma correlação para RN, cria, recria e vacas foram, respectivamente, 0,85; 0,91; 0,95 e 0,87. Os fenótipos obtidos por ultrassom indicam que existem diferenças estatisticamente significativas entre as categorias animais para características avaliadas e entre fazendas amostradas (p-valor <0,01), cuja teste SNK indica que peso são diferentes entre todas as categorias(p<0,05), em que a AOL100 dos CPD ao sobreano é minimamente adequada, em média 19,6 e 17,9 cm2/ 100 Kg, respectivamente para garrotas e garrotes, enquanto que a EGS apresentou maior variação e pouca distinção dentro de categorias, com garrotes e garrotas apresentando as maiores EGS em relação a touros e vacas. As três investigações baseadas em genótipos e fenótipos indicam respectivamente que atualmente os Curraleiro Pé-Duro apresentam alta diversidade e em menor nível estrutura genética, estando pouco influenciada pela distância geográfica; os modelos GLM são adequados para estimar o peso dos bovinos nas diferentes categorias apoiando a escrituração zootécnica dos rebanhos de CPD com dificuldade de aquisição de balanças; e que entre outros, machos CPD têm a maior parte da variabilidade do seu peso correlacionada a AOL, o mesmo não ocorre com fêmeas, e de forma geral os bovinos CPD apresentaram diminuta EGS, mas satisfatória AOL, compatível com raças especializadas em produção de carne. Portanto, têm-se instrumentos à seleção animal para características de carcaça e de peso estimável por medidas morfometricas mantendo a diversidade genética identificada.
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JAMILLY ÉRICA SOUSA CAMPELO
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TOXICIDADE AGUDA E EFEITO CICATRIZANTE DO ÁCIDO GÁLICO E ÁCIDO ELÁGICO ASSOCIADOS EM FORMULAÇÃO DE USO TÓPICO
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Advisor : AMILTON PAULO RAPOSO COSTA
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Data: Aug 1, 2023
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O ácido gálico (AG) e o ácido elágico (AE) têm despertado grande interesse para a pesquisa, devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e antimicrobianas, o que os torna candidatos promissores no desenvolvimento de terapias para acelerar a cicatrização cutânea. Para avaliar essa possibilidade, foi preparado uma formulação de uso tópico, em que foi usado o gel de Poloxamer 407 ® , que é um copolímero anfifílico com capacidade de formar géis termodinamicamente estáveis em contato com a pele. Para avaliar além dos efeitos individuais e o sinergismo entre eles, foram preparados compostos com AG, AE e AG+AE. Após o preparo, foram avaliadas as propriedades dos géis, incluindo os efeitos do ciclo gelo-degelo, que revelou uma diminuição significativa (p<0,05) do pH, na maioria das amostras, incluindo veículo (gel sem fármaco) e o gel contendo os dois fármacos, no entanto, nenhuma amostra apresentou variação fora da faixa de pH normal para a pele, com valores variando de 4,8 a 6,0. Quanto à condutividade, as formulações AG, AE e AG+AE mostraram redução (p<0,05) após o ciclo de congelamento-descongelamento. Quanto ao teor, a quantidade de fármaco nas formulações variou após o ciclo de congelamento-descongelamento (p<0,05), nas seguintes percentagens de 95,86% a 101,35% inicialmente, passou para 91,30% a 101,51%. Quanto à liberação dos fármacos, o ácido gálico (3%) – liberou 92,58% em apenas 1,5 hora; ácido elágico (3%) – liberou 51,60% após 6 horas; ácido gálico (associado ao elágico) (1,5%) – liberou 99,91% em apenas 2 horas; ácido elágico (associado ao gálico) (1,5%) – liberou 57,06% após 6 horas. O ácido gálico apresentou a maior quantidade liberada, seguido pela associação de ácido gálico e ácido elágico, e por último, o ácido elágico em 6 horas. Quanto à toxicidade, foi observado que o grupo tratado com AG apresentou uma menor taxa de sobrevivência das larvas (40%) na dose 3000 mg/Kg na formulação. Seguindo a mesma tendência, no teste da concentração letal aguda (CL50) realizada nas larvas de Zophobas morio, foi observado, para o AG, uma CL50 de 2191,51 mg/Kg em 48 horas. A análise da melanina demonstrou uma redução significativa nas concentrações de 30 mg/Kg do AG, 3mg/Kg do AE e 3, 300,3000 mg/Kg do AG+AE dos fármacos puros. Observou-se também redução significativa da melanina no veículo (gel), nas concentrações de 300 e 3000 mg/Kg do AG e AE, na associação de AG+AE incorporados ao gel foi observado diferença, em relação ao grupo controle, nas concentrações de 3 e 30mg/Kg. Quanto ao efeito cicatrizante, com base na avaliação por fotogrametria digital, verificou-se uma melhora significativa na cicatrização em grupos tratados com ácido elágico (AE 3%) e ácido gálico associado ao ácido elágico (AG 1,5%+AE1,5%). Ao longo do tratamento, houve uma regressão progressiva das feridas nos grupos tratados com AE e AG+AE, sendo que, aos 21 dias, a associação dos ácidos demonstrou ser mais eficaz na promoção da regressão das feridas. Esses resultados indicam o potencial do ácido elágico e da associação com ácido gálico na aceleração do processo de cicatrização cutânea. Portanto, esses compostos podem ser considerados promissores para o desenvolvimento de terapias tópicas voltadas à cicatrização de feridas. Palavras-chave: Sinergismo, formulação tópica, Poloxamer, uso tópico, lesão de pele, segurança farmacológica, estudo experimental.
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EGLÉSIA RODRIGUES LEITE FERNANDES
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Influência da pastagem nativa caatinga na histomorfometria ruminal de ovinos criados em manejo semi-extensivo
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Data: Jun 30, 2023
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A ovinocaprinocultura tem grande representatividade na região nordeste do Brasil, contado com 68,54% do rebanho de ovinos do país. A base alimentar utilizada para nutrição desses animais apresenta-se grande parte sendo constituída por pastagem nativa no semiárido brasileiro. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a histomorfometria ruminal de ovinos alimentados com pastagem nativa caatinga. Para tanto, foram analisados fragmentos de rúmen de ovinos criados em manejo semi-extensivo na região da Chapada do Vale do Itaim-PI, provenientes de abatedouro comercial da região. Para as análises de rúmen foram utilizadas 12 peças do trato digestivo, divididos em dois grupos de 6 animais cada; grupo A (alimentação de pastagem cultivada e suplementação com 1% do PV de ração e grupo B (pastagem nativa da Caatinga e cultivada; e suplementação com 1% do PV de ração. Foram coletados fragmentos em triplicata das porções do saco ventral, saco cego caudoventral,saco dorsal e saco cego caudodorsal. Todos os fragmentos foram processados histologicamente e as lâminas coradas com eosina e hematoxilina (HE). Em sequência, avaliou-se os cortes histológicos viáveis que foram fotomicrografados e suas estruturas mensuradas histomorfometricamente no software Aplication Suite (LAS).Os dados foram tabulados para análise da altura, largura, área e espessura da submucosa e camada muscular das papilas ruminais. O delineamento experimental utilizado foi o DIC, inteiramente casualizado com dois tratamentos (pastagem nativa x cultivada) e repetições (06 animais x 04 regiões do rúmen x 06 papilas viáveis). Todos os dados foram submetidos à análise de variância em ANOVA two-way ao nível de 5% de significância e análise de correlação entre as médias comparadas. Morfologicamente, as papilas apresentaram formatos diferentes nas quatro regiões do rúmen analisadas Na análise de correlação estatística, no grupo A, houve correlação entre largura e espessura da camada muscular; largura e área; porém sem interação entre altura e espessura da submucosa. No Grupo B houve interação entre as porções, entre a área e todas as variáveis, especialmente com a largura, porém, a relação entre altura e submucosa não foi encontrada correlação. Morfometricamente, o rúmen apresentou valores médios totais das variáveis maiores nos animais do grupo A, exceto a área que não apresentou diferença significativa e largura que o grupo B obteve maiores valores. Entre as regiões do rúmen no grupo A, houve diferença entre as variáveis analisadas, exceto para área e mucosa, e no grupo B, para altura, nas quais não apresentaram diferença significativa. Portanto, foi possível determinar um padrão morfológico e morfométrico das estruturas do rúmen de ovinos com alimentação à base de pastagem nativa do bioma Caatinga comparativamente com animais que receberam somente pastagem cultiva na dieta. Ademais, esse estudo possui importância fundamental para o desenvolvimento de estratégias nutricionais que visem um maior incremento da produção ovina na região.
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NOELY MARTINS BRINGEL DE MORAIS NONATO
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INVESTIGAÇÃO DE Chlamydia psittaci EM PSITACIFORMES NO ESTADO DO PIAUÍ e MARANHÃO, BRAZIL
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Advisor : LILIAN SILVA CATENACCI
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Data: Jun 28, 2023
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Objetivou-se investigar a ocorrência da Chlamydia psittaci em aves da ordem Psittaciformes provenientes de órgãos ambientais do estado do Piauí e regiões e aves mantidas como pets atendidas em consultório veterinário em Teresina. No período de março de 2020 a setembro de 2022 foram colhidas amostras de suabes cloacais para detecção de Chlamydia psittaci utilizando a técnica de Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) de 94 Psittaciformes que adentraram os órgãos ambientais por apreensões ou entrega voluntária e por atendimento veterinário através de proprietários de aves de cativeiro. Deste total, 19/94 (20,2 %) foram positivas para C. psittaci, sendo a maioria oriundas do CETAS-Teresina 9/10 (90%), seguidas do consultório veterinário 5/35 (14,3%) e do CETAS-IBAMA 5/90 (5,6%). Este é o primeiro registro de Chlamydia psittaci no estado do Piauí, todos os animais eram soltos em vida livre pelos órgãos ambientais sem nenhum protocolo ou avaliação clínica. Dessa forma, investigar a presença da bactéria na região nos auxilia a ter um diagnóstico precoce aliado as boas práticas de manejo diminuindo assim a transmissão entre os animais e a contaminação ambiental de forma a contribuir com a saúde pública e conservação da biodiversidade.
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ISABELLE BISPO DE ALMEIDA
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ANALISE COMPARATIVA ENTRE SISTEMAS ANALÓGICO E DIGITAL DE ELETROCARDIOGRAFIA EM TRAÇADOS DE CÃES SADIOS E COM DOENÇA MIXOMATOSA VALVAR MITRAL
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Advisor : FLAVIO RIBEIRO ALVES
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Data: Jun 23, 2023
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A compreensão da prevalência e apresentação clínica das alterações cardíacas em cães, é de suma importância para o clínico de pequenos animais, colaborando na definição de diagnósticos diferenciais. Apesar do histórico e o exame clínico continuarem sendo os passos cruciais para a condução dos diagnósticos em relação a disfunções cardiovasculares, exames complementares podem trazer informações valiosas em relação ao estado patológico ou fisiológico do coração, como por exemplo o Eletrocardiograma. Nessa perspectiva, o presente trabalho se propôs comparar os registros eletrocardiográficos analógicos e digitais, identificando possíveis diferenças entre as variáveis detectadas nos dois equipamentos e analisando as vantagens de um em relação ao outros.A comparação entre os ECGs digital e analógicos, demonstrou diferenças significativas nas variáveis de duração de onda P, intervalo PR e duração QRS em cães. Considerando a analise da duração da onda P em relação ao BSA, são necessários mais estudos, e padronização de médias e uma melhor categorização dos grupos de pesos.
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ANA GABRIELLEN SOUSA DO NASCIMENTO
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ANÁLISE COMPARATIVA DA EXPRESSÃO GÊNICA DE MARCADORES DE DIFERENCIAÇÃO MESENQUIMAL EM LINHAGENS DE CÉLULAS SINALIZADORAS MEDICINAIS ISOLADAS DA MEDULA ÓSSEA E TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO MURINO
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Advisor : NAPOLEAO MARTINS ARGOLO NETO
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Data: Jun 12, 2023
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A evolução da compreensão sobre a origem e identidade de células sinalizadoras medicinais (MSC) tem levado a uma nova perspectiva sobre suas funções e aplicações terapêuticas. A relação entre as diferentes subpopulações/linhagem de MSC, sua capacidade de diferenciação in vitro, seu imunofenótipo e, subsequentemente, sua expressão gênica ainda são pouco conhecidos, permanecendo relevantes incertezas sobre a real plasticidade das MSCs e o seu potencial terapêutico. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo comparar a expressão gênica de alguns marcadores de diferenciação osteogênico, condrogênico e adipogênico antes e após a indução de diferenciação in vitro, em MSCs oriundas da medula óssea (BMMSC) e tecido adiposo (ADSC) subcutâneo murino. Para isto, as células foram coletadas, isoladas e cultivadas até a terceira passagem sob condições controladas de CO2 e temperatura. Foram realizados ensaios de prolificidade através da técnica de Scratch Wound Healing, imunofenotipagem para os anticorpos CD90, CD45, CD105 e CD14, ensaio de plasticidade através da indução à diferenciação in vitro e análise de expressão gênica por técnica de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) para os marcadores de diferenciação: LPL e ADIPOQ para linhagem adipogênica; COLL II e AGGRECAN para linhagem condrogênica e BMP2,OSTERIX, OPN e IBS para linhagem osteogênica. Sob as condições experimentais do presente estudo, os resultados indicaram que o tecido de origem de coleta exerceu efeito positivo sobre a expressão da maior parte dos marcadores de diferenciação mesenquimal. BMMSC e ADSC expressaram in vitro marcadores associados aos seus respectivos tecidos in vivo. Os marcadores osteogênicos foram expressos mais intensamente em BMMSC, os marcadores adipogênicos em ADSC e o marcador condrogênico COL II em BMMSC. Contudo, não foi identificada expressão gênica típica de células diferenciadas nas linhagens osteogênica, adipogênica e condrogênica. Caracterizado por este perfil de expressão, confirmou-se então o potencial modulador in vitro para as diferenciações avaliadas em BMMSCs e ADSCs, mas não se evidenciou diferenciação real in vitro em osteoblastos, condrócitos e adipócitos.
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OSMAIKON LISBOA LOBATO
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Investigação da circulação do Vírus da Febre do Nilo Ocidental em aves, mosquitos e equídeos no estado do Piauí
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Advisor : LILIAN SILVA CATENACCI
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Data: May 12, 2023
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O vírus da Febre do Nilo Ocidental (FNO) foi descoberto em 1937 no continente africano, chegando às Américas apenas no final do século XX, nos Estados Unidos. É um flavivírus, assim como os vírus da Dengue, Febre Amarela e Zika. Seu ciclo epidemiológico envolve aves silvestres, consideradas hospedeiras do vírus, e mosquitos, principalmente os do gênero Culex. Humanos e equídeos também podem participar do ciclo da doença, atuando como hospedeiros terminais. Em 2004 o vírus da FNO foi relatado pela primeira vez na América do Sul, em cavalos na Colômbia e Venezuela, por sorologia; no Brasil, desde 2008, vem sendo registrada a exposição de animas ao vírus (aves e equídeos), com todos os casos humanos, identificado desde 2014, apenas no estado do Piauí, Brasil. Tendo em vista que o ciclo epidemiológico ainda não foi elucidado no Brasil, este trabalho teve por objetivo investigar a circulação da FNO em aves, equídeos e vetores coletados no Piauí. Para tanto, foram realizadas coletas de amostras de animais em todos os municípios que tiveram casos confirmados de humanos ou mortalidade de aves, totalizando um esforço amostral de 1.389 amostras, sendo 623 de aves, 420 equídeos e 346 pools de mosquitos. Todas as amostras foram submetidas a extração de RNA, e em seguida a reação de transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase com primers específicos para a FNO, porém nenhuma das amostras analisadas amplificou, indicando que o vírus não estava circulando no momento da coleta naqueles animais. Desse modo, apesar de outros estudos terem identificado a FNO no país, nós sugerimos que a não detecção nesse estudo deve-se ao tempo tardio entre a liberação do resultado da infecção em humanos e a data de notificação em si, visto que esta demora impediu uma campanha de vigilância efetiva no município do caso. Assim, sugerem-se estratégias que visem reduzir o tempo entre o resultado humano e a ação de vigilância no local provável da infecção, além de incentivar campanhas de educação e saúde, buscando sensibilizar um melhor monitoramento e notificação de aves silvestres e/ou equídeos com sintomatologia clínica, já que isso pode anteceder casos humanos.
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FRANCISCA LOUENNY ALVES CARDOSO
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CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DA LAPONITA EM CULTURAS DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS
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Advisor : MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
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Data: Mar 31, 2023
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Células-tronco são células indiferenciadas, que constituem ferramenta promissora no campo da medicina regenerativa, pois possuem capacidade de multiplicação mantendo seu estado indiferenciado, além da renovação de diversos tecidos, por meio de sua diferenciação celular. A laponita é uma nanoargila sintética, utilizada em diversas aplicações industriais e possui características que possibilitam sua utilização na engenharia de tecidos. Recentemente, foram publicados estudos que comprovam a capacidade da laponita em se diferenciar in vitro, em osteoblastos, o que a torna um material apropriado para a engenharia de tecidos ósseos. No entanto, pouco se sabe quanto as reações imunológicas desencadeadas por potenciais citotóxicos e genotóxicos que essa interação pode proporcionar. Assim, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a toxicidade em nível celular e genômico, da integração da laponita em culturas de células-tronco adipoderivadas de ratos, sob autorização da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFPI, n. 662/20. A caracterização química da Laponita® foi realizada por espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier, análise termogravimétrica, difração de raios X, e micrografias foram realizadas em microscópio eletrônico de varredura. O material também passou por uma triagem citotóxica por meio do ensaio de letalidade Artemia salina. O tecido adiposo foi coletado e cultivado a 5% de CO2 a 37°C. Para caracterização celular foram realizados os testes de morfologia e UFC, além da imunofenotipagem por citometria de fluxo, para os anticorpos CD14, CD45, CD90 e CD105. Ainda, o ensaio de plasticidade celular, mediante indução para diferenciação osteogênica, adipogênica e condrogênica, além da avaliação do potencial de diferenciação osteogênica da Laponita® presente no meio. As células foram cultivadas com a Laponita® em concentrações de 3% e 6% em três tempos distintos para análise de citotoxicidade por MTT. A análise de genotoxicidade foi conduzida por meio do ensaio cometa para avaliar danos e reparos no DNA em células individuais. Na caracterização do material obteve-se resultados semelhantes aos encontrados na literatura, quando se evidencia a estrutura química cristalina e organizada. Nas análises termogravimétricas, a temperatura de degradação mostrou-se em conformidade com dados observados em outros estudos. No relativo à toxicidade, a laponita obteve resultados abaixo da CL50. As células-tronco mostraram-se com morfologia fibroblastóide, e apresentaram ausência de expressão para os anticorpos CD14 e CD45 e positivos para CD90 e CD105. Apresentaram capacidade de diferenciar-se em linhagens osteogênica, adipogênica e condrogênica. Em culturas contendo a laponita, a diferenciação foi potencializada e as células se diferenciaram em osteoblastos. Quanto à citotoxicidade, as células mostraram evidente, o aumento da sua viabilidade em todos os tempos analisados. A genotoxicidade entre a interação da célula com a Laponita® não demonstrou diferenças estatisticamente significativas entre o índice de dano e os grupos experimentais, porém, quanto a frequência de dano, a Laponita® 6% difere quando comparada Laponita® 3% em maior tempo de exposição. Com base neste estudo, conclui-se que a Laponita® representa um biomaterial potencialmente útil para a terapia celular.
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JULIANE NUNES PEREIRA COSTA
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SOROPREVALÊNCIA DE Toxoplasma gondii (Nicolle e Manceaux, 1909) EM GATOS (Felis catus)
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Advisor : IVETE LOPES DE MENDONCA
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Data: Mar 31, 2023
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Toxoplasma gondii protozoário intracelular obrigatório, causador da doença Toxoplasmose, é considerada uma zoonose que se apresenta em todo mundo, causando sério problema para saúde pública. O T. gondii tem importância médica e veterinária devido as complicações que pode provocar em seus hospedeiros intermediários, como alto risco para o feto ou aborto. Objetivou-se avaliar a prevalência sorológica para Toxoplasma gondii em gatos do município de Teresina. As 392 amostras foram provenientes do banco de soro felino do Laboratório de Sanidade Animal /LASAN do período de 2015 a 2022. Para detecção de anticorpos anti- Toxoplasma gondii foi realizado o teste diagnóstico Hemaglutinação Indireta (HAI). Os resultados encontrados foram de uma soropositividade de 31,12%, sendo desses 11,73% machos e 19,39% fêmeas, não foi verificado diferença estatística significativa, mostrando que os gêneros têm susceptibilidade semelhante ao parasito. Com relação a idade, das 392 amostras apenas 222 possuíam essa informação e todas eram domiciliadas. Os animais considerados >1 ano foi de 75,68%, com positividade de 27,03% e negatividade de 48,65%. Tal diferença foi significativa estatisticamente, a variável idade foi considerada fator associado a soropositividade para anticorpos anti-T. gondii. O resultado do estudo confirma uma soroprevalência de T. gondii de 31,12% em gatos onde as fêmeas (62,30%) e animais adultos (27,03%) e domiciliados (31,40%) foram os maiores acometidos em Teresina, mostrando maiores preocupações, pois estão mais ligados com humanos e o não conhecimento sobre toxoplasmose ou como evitar sua transmissão.
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LETÍCYA LORRAYNE DA SILVA SOARES
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CITOGENÉTICA E VIABILIDADE DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS ADIPODERIVADAS DE RATOS EM CULTIVO COM HIDROGEL DE GELATINA METACRILATA (GELMA)
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Advisor : MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
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Data: Mar 24, 2023
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A regeneração óssea ainda representa um importante desafio na ortopedia, ortodontia e traumatologia, humana e veterinária. A terapia com células-tronco mesenquimais vem complementar a utilização dos biomateriais, com a sua propriedade de osteogênese, transformando um biomaterial primariamente osteoindutor em um substituto ósseo completo, comparável a enxertia óssea autógena, porém sem as morbidades dessa cirurgia. Entretanto, é necessário avaliar a biocompatibilidade e os possíveis efeitos tóxicos da associação dessas células com os biomatreiais, sendo imprescindíveis testes in vitro, pois, são muitos os fatores que podem causar danos no DNA. Dessa forma, este estudo tem como objetivo avaliar a genotoxicidade e a biocompatibilidade do Hidrogel de gelatina metacrilata (GelMA) a 1% e 3% associado a cultura de células-tronco mesenquimais adipoderivadas (ADSC), analisando a viabilidade celular por MTT e ensaio cometa, buscando promover segurança aos procedimentos de terapia celular em futuras pesquisas in vivo. As ADSCs foram isoladas de tecido adiposo de rato (Comissão de Ética no Uso de Animais - CEUA/UFPI-658/20) por digestão enzimática por colagenase I e mantidas em cultivo em meio DMEM enriquecido com PBS (15%), incubadas a 37oC, 5% CO2. As ADSCs foram caracterizadas por citometria de fluxo, apresentando marcação positiva para CD90 e CD105, e negativa para CD14 e CD45. A plasticidade dessas células foi comprovada por meio da diferenciação adipogênica, osteogênica e condrogênica. O GelMa foi preparado dissolvendo-se 0,1g em 5mL de PBS, usando Igarcure 2959 como fotoiniciador a 40oC, agitado mecanicamente e reticulado em luz UV para formação do hidrogel. O material foi caracterizado por FTIR, DRX, TG/DTG e MEV. O teste letalidade por Artemia salina foi realizado em quatro concentrações diferentes (5mg/mL; 1mg/mL; 0,5mg/mL e 0,1mg/mL) em 24h e 48h, apresentando leve toxicidade do GelMA na sua maior concentração (5mg/mL), porém, ainda acima da DL50 (dose letal média). No teste de MTT apenas o GelMA1% apresentou viabilidade celular acima de 70% nos tempos estudados, não apresentando potencial citototóxico para as ADSCs. Na indução osteogênica das ADSCs com o GelMA, verificou-se que o biomaterial é capaz de promover a diferenciação celular na presença de um fator indutor. Conclui-se que a associação do hidrogel de GelMa com ADSCs é promissora, para aplicação na regeneração óssea, pois é capaz de interagir positivamente, facilitar a adesão celular e estimular a expressão do fenótipo osteoblástico in vitro, sem efeitos cito e genotóxicos.
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SÁVIO MATHEUS REIS DE CARVALHO
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Alterações oftalmológicas em cães com leishmaniose visceral submetidos ao tratamento com alopurinol a longo prazo associados com diagnóstico parasitológico pela Reação em Cadeia pela Polimerase e citologia conjuntival
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Advisor : MARIA DO SOCORRO PIRES E CRUZ
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Data: Mar 24, 2023
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A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença infecto-parasitária e zoonótica cujas manifestações clínicas oculares estão entre os sinais clínicos mais comuns. Testes laboratoriais (ex.: sorológicos e moleculares), junto a dados clínicos e epidemiológicos, provêm diagnóstico definitivo e dentre os fármacos utilizados no tratamento está o alopurinol. A Reação em Cadeia Polimerase (PCR) e a citologia conjuntival vêm recebendo destaque. Este trabalho descreve as principais oftalmopatias em cães acometidos por LVC, tratados com alopurinol e a detecção do protozoário por citologia e PCR de swab conjuntival. Vinte e dois cães foram divididos em tratados (n=16) e não tratados (n=6) com alopurinol. Amostras para a PCR e citologia conjuntivais foram coletadas com swab estéril e todos os animais passaram por exame oftálmico completo e os dados foram analisados qualitativamente. Dos 22 cães do estudo, 81,25% e 50% dos tratados e não tratados, respectivamente, apresentavam alterações oftálmicas. Dentre os sintomáticos (73%), a uveíte foi o sinal clínico ocular mais frequente (100%). Nenhuma amastigota de Leishmania spp. foi encontrada nas lâminas de citologia conjuntival. Na PCR por swab conjuntival, 86,36% dos cães foram positivos para LVC e a maioria destes (37%; n=7) possuía alta carga parasitária (CP). Dos sintomáticos, a maior CP foi vista em um cão com apenas duas alterações oculares, enquanto a menor CP pertencia ao cão com maior número de afecções oculares. As frequências das alterações oftálmicas observadas neste estudo condizem com aquelas descritas para cães sintomáticos e LVC positivos. O elevado índice de alterações oculares em animais tratados pode ser atribuído à característica leishmaniostática do alopurinol que, isoladamente, não é capaz de promover cura parasitológica no cão. O método de coleta não esfoliativo da citologia conjuntival pode haver gerado resultados falso-negativos. A PCR de conjuntiva por swab é capaz de detectar o DNA da Leishmania em cães com e sem alterações oftálmicas. A PCR conjuntival por swab se mostrou mais eficaz do que a citologia conjuntival para diagnóstico de LVC, mesmo em cães tratados com alopurinol.
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LUANA DIAS DE MOURA
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Avaliação e monitoramento da função renal de cães com leishmaniose visceral submetidos a imunoquimioterapia
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Advisor : MARIA DO SOCORRO PIRES E CRUZ
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Data: Mar 23, 2023
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A leishmaniose é um importante complexo de doenças transmitidas por protozoários que afetam humanos e animais. A leishmaniose canina é causada por Leishmania infantum chagasi e é transmitida por flebotomíneos, ocorrendo no Brasil as espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi. Os sinais clínicos da leishmaniose visceral podem diferir de um cão para outro, vários órgãos e sistemas podem ser acometidos, incluindo o sistema urinário, variando desde proteinúria assintomática até síndrome nefrótica ou doença renal crônica (DRC), sendo uma das principais causas de morte em cães acometidos. A resistência ou progressão da doença dependerá da resposta imunológica do animal. A terapia para LVC ainda é falha, a indução do tratamento com imunomodulação, imunoterapia ou imunoquimioterapia vem ganhando destaque nos estudos, como abordagens promissoras para o controle da doença. O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros renais de cães com leishmaniose submetidos a imunoquimioterapia, acompanhados por 360 dias. As amostras utilizadas foram obtidas de um experimento anterior (NASCIMENTO et al., 2020) desenvolvido em Teresina-PI, nas instalações do Canil de Experimentação Animal na Universidade Federal do Piauí. Estudo randomizado com 28 cães sem raça definida naturalmente infectados por L. infantum, foram divididos em três grupos: Grupo 1 com 6 cães que não receberam medicação, Grupo 2 com 8 cães que receberam alopurinol em monoterapia durante 90 dias, e o Grupo 3 com 8 cães que foram imunizados com a formulação Leish-F2 + SLA-SE, e receberam também a terapêutica com alopurinol por 90 dias. Exames ultrassonográficos com foco na avaliação renal e amostras de urina para detecção de proteinúria foram analisados pela relação proteína/creatinina urinária (UP/C) e ELISA padrão com SLA. A estatística foi realizada com valores totais e individuais, explanados em porcentagem, média, desvio padrão, mediana, modelo linear misto e análise com software GraphPad Prism 8.0. O sinal medular renal observado em ultrassonografia surgiu e se manteve presente nos cães que não receberam terapêutica e nos cães que receberam apenas alopurinol, ao contrário do grupo que recebeu a imunoquimioterapia que retardou o surgimento desse achado durante os 360 dias de acompanhamento. A mineralização distrófica renal foi vista de forma mais evidente nos grupos de cães que receberam alopurinol em monoterapia ou na imunoquimioterapia. A detecção de proteína na urina como biomarcador de lesão renal, foi mais sensível pelo método de ELISA do que pela UP/C nos grupos avaliados. Os cães sem terapêutica apresentam aumento dos anticorpos e o grupo alopurinol reduziu os anticorpos apenas no período de uso da droga e a imunoquimioterapia conseguiu reduzir os títulos de anticorpos na urina e sustentar os níveis baixos durante os tempos avaliados pelo teste ELISA. Concluindo assim que o sinal medular e a mineralização na ultrassonografia pode estar presente em cães com leishmaniose, que o método de ELISA pode ser considerado um biomarcador renal, apresentando ser mais sensível que a UP/C na detecção de proteínas na urina e que cães com leishmaniose que tendem a desenvolver DRC podem ter uma nefroproteção ao receberem imunoquimioterapia com alopurinol associado a imunização com Leish-F2 + SLA-SE.
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CECILIA ANDRADE SOUSA
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO, MODULADOR E ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO D-LIMONENO FRENTE À LINHAGENS DE Nakaseomyces nivariensis (Candida nivariensis)
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Advisor : RAIZZA EVELINE ESCÓRCIO PINHEIRO
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Data: Feb 28, 2023
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O gênero Candida é responsável por causar infecções fúngicas, conhecidas como candidíases, em homens e animais. Contudo, poucos antifúngicos estão disponíveis para tratar esse tipo de infecção. Além disso, a resistência apresentada por estes microrganismos e o desafio de encontrar novos antifúngicos tem dificultado o tratamento dessas enfermidades. Por isso, há uma necessidade crescente de encontrar novos compostos que possuam tal potencial. O D-limoneno é um monoterpeno considerado o principal elemento do óleo essencial de frutas cítricas que possui efeitos terapêuticos como antiparasitário, antioxidantes, vasodilatador, entre outros, no entanto pouco se sabe sobre sua ação antimicótica. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o potencial antifúngico, modulador e atividade antibiofilme do D-limoneno, sobre cepas de Nakaseomyces nivariensis (Candida nivariensis). Para tanto, o estudo da atividade antifúngica in vitro do D-limoneno foi realizado através dos seguintes testes: Concentração inibitória mínima (CIM), Concentração fungicida mínima (CFM), avaliação do potencial modulatório do D-limoneno em associação com antifúngicos de uso clínico e inibição da formação de biofilme. Para todos os ensaios foram utilizadas quatro cepas de N. nivariensis isoladas de peixes da espécie tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus), denominadas P1, P2, P3 e P4. A CIM foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo e a relação CFM/CIM foi obtida para especificar a natureza da ação antimicrobiana. A ação modulatória foi avaliada nas concentrações de 1/4 e 1/8 da CIM do D-limoneno, em associação com os antifúngicos Anfotericina B e fluconazol. Para os ensaios de modulação também foram avaliados parâmetros de susceptibilidade com os antifúngicos Anfotericina B e Fluconazol. A atividade antibiofilme foi determinada por meio da quantificação da biomassa total, através da coloração com cristal violeta. Os resultados de CIM, CFM e de modulação foram expressos como a moda de pelo menos três repetições independentes. Para o ensaio de biofilme os dados foram submetidos à ANOVA e teste post-hoc de Bonferroni, com um nível de significância de 5% (p<0,05). Nos ensaios de sensibilidade aos antifúngicos as cepas de C. nivariensis foram resistentes ao fluconazol (CIM ≥ 64 μg/mL) e sensíveis a Anfotericina B (CIM ≤ 1 μg/mL). Verificou-se que o D-limoneno apresentou atividade inibitória sobre as células planctônicas de Candida nivariensis, apresentando CIM que variaram de 16 µg/mL a 32 µg/mL. A atividade antifúngica do D-limoneno foi considerada fungicida (CFM = 32 μg/mL), após avaliação da razão MFC:MIC para todas as cepas estudadas. A combinação entre ¼ da CIM de D-Limoneno e fluconazol proporcionou efeitos sinérgicos frente as cepas P1, P2 e P3 (FIC i ≤0,5), aditivo em P1 para a combinação com ⅛ da CIM de D-Limoneno e antagônico para as demais combinações com esta droga. A associação do D-Limoneno com anfotericina B gerou efeitos antagônicos para a maioria das combinações, com exceção da cepa P2 que foi constatado efeito aditivo na modulação de ¼ da CIM D-Limoneno com esta droga. O D-limoneno, apresentou atividade antibiofilme frente as cepas de N. nivariensis. Os resultados deste estudo mostram que este monoterpeno apresenta-se como uma fonte promissora para o desenvolvimento de novos produtos com atividade antifúngica contra infecções causadas por estas espécies. Entretanto, novas investigações são necessárias para avaliar o efeito da combinação deste terpeno com outros antifúngicos e sobre novas espécies de fungos multirresistentes para ratificar o efeito sinérgico e seus respectivos mecanismos de ação.
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LEILIANE ALVES SOARES DA SILVA
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Galinhas nativas brasileiras: descritores produtivos e morfométricos
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Advisor : JOSE LINDENBERG ROCHA SARMENTO
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Data: Feb 7, 2023
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As galinhas nativas são uma alternativa para a sustentabilidade dos pequenos produtores e suas características podem ser aproveitadas na produção avícola. O objetivo deste estudo foi avaliar o percentual de eclosão dos ovos das raças nativas brasileiras Canela-Preta, Rabo-de-Leque e Sura, o peso do ovo e o peso do pinto nas fases de produção e a relação entre estas duas variáveis, o desempenho zootécnico nas diferentes fases do ciclo produtivo e descritores morfométricos. Foram utilizados 168 ovos das raças de galinhas nativas oriundos da criação de produtores das localidades de José de Freitas-Pi e Codó-Ma. Os ovos foram selecionados, identificados, pesados e incubados. Foi estimada a correlação simples de Pearson entre as variáveis estudadas. O ensaio de desempenho e de morfometria foram realizados nas instalações da Embrapa Meio-Norte utilizando-se o delineamento em blocos casualizados. As características de desempenho analisadas foram peso corporal (PC), consumo médio de ração (CM) e ganho de peso diário (GPD); os descritores morfométricos foram comprimento do corpo (CCo), comprimento da asa (CA), comprimento do bico (CBi), comprimento da crista (CCr), comprimento da barbela (CBa) e comprimento da perna (CP). Os dados foram analisados sob o efeito dos fatores raça e sexo, ambos submetidos à análise de variância (ANOVA) usando o proc GLM do SAS, acessado pela edição universitária virtual. Quando o efeito de raça foi considerado significativo, as médias estimadas foram comparadas por meio do teste de Student-Newman-Keuls (SNK), solicitado por meio da função LSMEANS disponível no procedimento GLM. As diferenças entre médias foram declaradas significativas a 5% de probabilidade. Observou-se uma baixa taxa de eclosão em relação aos ovos incubados, sendo o maior percentual (45,6%) para a raça Canela-Preta. Não houve correlação significativa no efeito da raça sobre o peso do ovo e do pinto, porém, estimou-se alta correlação entre o peso do ovo e o peso do pinto ao nascer da raça Sura (0,95) e foi estimado, que a cada 1g a mais no peso do ovo espera-se uma mudança de 0,95g no peso no pinto. O peso do ovo os pesos nas demais fases de vida estudadas. O desempenho das aves na fase inicial foi estatisticamente igual (P>0,05) entre as três raças estudas. A partir da fase de crescimento I o desempenho da raça Canela-Preta destacou-se das demais no ganho de peso diário e no peso vivo. O Cco apresentou um dimorfismo sexual significativo em favor dos machos, independente da raça e os machos apresentaram PA significativamente maior (p<0,05). Conclui-se que, a taxa de eclosão das raças estudadas foi baixa, não houve influência da raça sobre o peso do ovo e o peso do pinto, e o peso do ovo teve influência significativa apenas sobre o peso do pinto ao nascer. A raça Canela-Preta destacou-se das demais no ganho de peso diário e no peso vivo em cada fase analisada a partir da fase de crescimento I e apresentou maior PA. Os machos apresentaram CCo e PA significativamente maior que as fêmeas, independente da raça.
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INGRID DOS SANTOS FARIAS
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ALTERAÇÕES CUTÂNEAS E RENAIS EM CÃES INFECTADOS POR LEISHMANIA SPP. SUBMETIDOS A PROTOCOLO DE TRATAMENTO
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Advisor : AIRTON MENDES CONDE JUNIOR
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Data: Feb 6, 2023
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A leishmaniose é uma doença de curso crônico, de caráter zoonótico e endêmica em diversos países, sendo o Brasil o maior responsável pelo número de casos notificados. Os tratamentos são eleitos de acordo com o estado clínico-patológico de cada paciente, assim imunoterapia tem sido utilizada visando a indução a resposta imune do hospedeiro, associada ou não ao Alopurinol, porém, se faz necessário a avaliação estrutural de alguns órgãos alvo para conhecer os efeitos causados além da redução da carga parasitária. Dessa forma o objetivo desse trabalho foi analisar e comparar histologicamente a pele da orelha e rim de cães infectados naturalmente por Leishmania infantum, sendo esses animais divididos em 4 grupos experimentais. Grupo I: cães que não receberam medicação (n=6); Grupo II: cães que receberam o alopurinol em monoterapia por via oral na dose 20 mg/Kg, 1x ao dia, durante 90 dias (n=6); Grupo III: cães que foram imunizados por injeções subcutâneas com a formulação Leish-F2 + SLA-SE (20 μg cada), 6 doses, com intervalo de 3 semanas mais o alopurinol na dose de 20 mg/Kg, 1x ao dia, durante 90 dias (n=6) e o Grupo IV: cães que foram imunizados por injeções subcutâneas da proteína recombinante Leish-F2 + SLA-IMQ- SE (20 μg cada), 6 doses, com intervalo de de 3 semanas mais o alopurinol na dose de 20 mg/Kg, 1x ao dia, durante 90 dias (n=6). Esses tratamentos foram realizados anteriormente por Nascimento et al., 2020. Os animais foram eutanasiados aos 360 dias e feito a coleta da pele e rim para a análise histopatológica. Foi observado um infiltrado linfohistioplasmocitário em todos os cães dos 4 grupos, com graus de intensidade diferentes, variando de discreto a intenso, com predomínio da região Perifolicular e Periglandular, apresentando como lesão não inflamatória, espongiose, hiperqueratose paraqueratótica, hiperplasia epidérmica e papilomatose. Quanto as alterações renais, a Glomerulonefrite membranoproliferativa foi a mais prevalente, seguida de Nefrite tubulointesticial e Glomeruloesclerose. A partir da análise histopatológica pôde-se notar que os animais não tratados apresentaram graus de inflamação mais intenso, bem como alterações não inflamatórias não vista em animais que receberam algum tipo de tratamento quando se trata da pele, e quanto as alterações renais, conclui-se que mesmo após os tratamentos todos os animais continuam a apresentar alguma alteração crônica estrutural renal.
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