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LORENA MARIA DE MOURA SANTOS
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Comunidade e Moralidade na filosofia de Alasdair MacIntyre
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Orientador : HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
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Data: 18/10/2012
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Esta dissertação busca apresentar o conceito de comunidade na filosofia moral de Alasdair MacIntyre, analisando seu desenvolvimento nas obras After Virtue (1981), Justiça de Quem? Qual racionalidade? (2008) Three Rival Versions of moral Enquiry (1990) e Dependent Rational Animals (1999). A análise desses livros visa explicitar a articulação entre a comunidade e conceitos importantes em sua ética: as virtudes, práticas, tradição e unidade narrativa da vida humana. A presença da comunidade proporciona o contexto fundamental para o desenvolvimento e compreensão da moralidade. MacIntyre, em sua crítica à moralidade contemporânea, defenderá a restruturação das comunidades como uma alternativa aos males encontrados na modernidade, que foi em parte causados pelo abandono da tradição teleológica e pelo fracasso do Iluminismo, como também pelo advento do Estado Nação e das economias de mercado. MacIntyre insiste que as virtudes só poderão ter um desenvolvimento eficaz em comunidades locais e pequenas que estão nas margens do moderno Estado Nação. Para tanto, apresentaremos o modelo de sociabilidade que MacIntyre pensa ser ideal para a aquisição e o exercício das virtudes. Essas comunidades devem estar pautadas no bem comum, na deliberação racional compartilhada, nas relações de reciprocidade, desenvolvimento das virtudes da justa generosidade, e no reconhecimento da vulnerabilidade e incapacidade humanas. Com isso, MacIntyre deseja pensar numa alternativa contrária ao Estado Nação moderno e suas ordens liberais, e assim priorizar uma política mais participativa e consciente.
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ALEXANDER ALMEIDA MORAIS
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O SELF NARRATIVO EM CHARLES TAYLOR E SHAUN GALLAGHER
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Orientador : JOSE SERGIO DUARTE DA FONSECA
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Data: 08/10/2012
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Em seu livro, As fontes do self (1989), Taylor desenvolve uma narrativa sobre as fontes de constituição do self moderno, o que também, sintomaticamente, desembocará em uma abordagem narrativista sobre selves dos indivíduos. Para Taylor, nós adquirimos essa capacidade narrativista por estarmos desde já inseridos em uma comunidade que possui um background (pano de fundo) de valores e papéis sociais, e é através deles que nós compreendemos os outros e a nós mesmos. Eles formam um horizonte ou estruturas morais inescapáveis para nós. Entretanto, Taylor explica isso rejeitando qualquer recurso a aspectos sociobiológicos e fisicalistas da animalidade humana per se, postura essa que ele chama de naturalismo. Parece-nos que Taylor, ao tentar explicar como adquirirmos as configurações morais a partir das quais nos autodescrevemos narrativamente, não nos fornece uma explicação de como se constitui a nossa intersubjetividade (a relação do self com o outro). Esta é a postura assumida pelo filósofo da mente Shaun Gallagher para explicar como nós chegamos a obter a habilidade narrativista. Gallagher, também pretende estabelecer uma teoria narrativista sobre o self humano levando em conta uma abordagem que trata também das questões biológicas de como esses seres humanos alcançaram essa habilidade narrativa através das capacidades incorporadas (embodied) do indivíduo humano, que Gallagher definirá como Intersubjetividade primária. Gallagher pretende compreender as “condições de possibilidade” que permitem ao homem compreender-se a si mesmo de forma narrativista. Nosso alvo nesta dissertação é explicitar e confrontar os dois modelos alternativos de self narrativo, o de Taylor e de Gallagher para vermos até que ponto a posição de Gallagher (fenomenologia e ciências cognitivas) poderia ou não complementar a posição de Taylor (centrada em uma postura hermenêutica), respondendo as questões que parecem serem deixadas sem resposta (ou pelo menos, não atendida nas preocupações de Taylor em seu modelo narrativista de self). Nossa hipótese é que uma descrição mais completa do self deve levar em consideração não só o processo de constituição social, mas também explicar nossa capacidade de interagir compreensivamente com o outro (o fenômeno da empatia), pois, do contrário, ficaríamos com um conceito muito abstrato e distorcido do self.
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ANTONIO MARCOS VAZ DE LIMA
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MITLEID, A COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL NO PENSAMENTO DE ARTHUR SCHOPENHAUER
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Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
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Data: 28/09/2012
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Segundo Arthur Schopenhauer o egoísmo e amor-próprio são entendidos enquanto motivações antimorais, pois delas originam-se outras aptidões de gozo pessoal. E, a única e genuína motivação moral nasce da compaixão que difere das compreensões conceituais teológicas, deontológicas ou teleológicas por trazer em sua essência a marca da análise da natureza humana em sua forma mais objetiva e inteligível. Este trabalho visa compreender a compaixão schopenhaueriana enquanto fundamento da moral e como esta afigura-se como uma tentativa de pensar o problema da origem e do lugar da moralidade no universo humano de maneira sóbria e coerente, de maneira a enaltecer a forma e o método analítica filosófico. Desta feita, uma abordagem mais demorada sobre a descrição do fenômeno moral em Arthur Schopenhauer tornar-se-á um porto seguro para as reflexões atuais, e por que não, para as futuras, acerca da ética e da moral de uma forma mais apropriada e coerente. O objetivo deste trabalho é tentar compreender se há ou não um fundamento para a moral no pensamento de Schopenhauer. E se há, onde ele se encontra e como ele é apresentado pelo autor. Outro objetivo deste trabalho é também apresentar nosso autor de forma consistente, sóbria e filosoficamente viável para a pesquisa científica, para que partindo nossas reflexões dos estudos e das análises éticas e morais deste pensador tão maduro e intenso, possamos redimensionar nosso modo de entender e de viver a eticidade bem como a moralidade em nossos dias.
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ADAILSON ARAGAO DOS SANTOS
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A VONTADE DE PODER: UMA PROPOSTA ÉTICA PARA UMA FILOSOFIA DA VIDA A PARTIR DO NIILISMO ATIVO DE NIETZSCHE
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Orientador : LUIZIR DE OLIVEIRA
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Data: 27/09/2012
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Este trabalho busca analisar um dos conceitos centrais da filosofia nietzscheana, a Vontade de Poder. Tendo Nietzsche uma profunda identificação com a filosofia da vontade schopenhaueriana, ocuparemos em deslindar sobre as leituras que interpretam a vontade de poder sob o viés biológico e psicológico no sentido de esclarecer o fundamento que tem como base o corpo e não um plano metafísico. Assim, partindo da premissa que Nietzsche valora a vida e é contra tudo aquilo que a nega, sua filosofia aponta para uma dimensão ética dos instintos e para a formação do grande homem diante de uma condição niilista que vivia o homem moderno.
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ISABEL CRISTINA ROCHA HIPÓLITO GONÇALVES
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O LUGAR DA VIRTUDE E DO SUJEITO MORAL NA FILOSOFIA DE ALASDAIR MACINTYRE
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Orientador : HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
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Data: 26/09/2012
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Neste trabalho nos debruçamos sobre a filosofia moral de Alasdair MacIntyre e sua proposta de reconstrução da ética das virtudes, tendo em vista a tradição aristotélico-tomista. Pretendemos apresentar e discutir os conceitos de virtude e sujeito moral no interior de sua proposta de uma ética teleológica em detrimento das éticas deontológicas prevalecentes na filosofia moral moderna e iluminista. O projeto filosófico de MacIntyre parte do diagnóstico de desordem da moralidade contemporânea e das críticas que ele endereça à moralidade e a filosofia moral modernas, assim como ao Liberalismo. Em resposta à crise da moralidade contemporânea e ausência de padrões racionais na moralidade, ao individualismo liberal, à compartimentalização da vida humana, e à ausência de uma concepção de bem comum no interior dos estados liberais, MacIntyre propõe a retomada da ética das virtudes como forma de devolver a coerência à moralidade e a racionalidade à ética, tendo em vista o desenvolvimento do conceito de tradição de pesquisa racional e o reconhecimento da condição animal do homem e sua realidade de vulnerabilidade e dependência. Nossas discussões estão organizadas em três momentos nos quais apresentamos: 1) o diagnóstico de MacIntyre acerca da moralidade contemporânea, sua crítica à filosofia moral e política modernas, a delimitação do conceito de tradição e o retorno à tradição aristotélico-tomista; 2) a defesa e a justificativa de uma ética das virtudes por MacIntyre e sua posição no debate entre Liberalismo e Comunitarismo, assim como sua crítica ao ethos emotivista e à moral e política liberais; 3) a delimitação do conceito de virtude a partir do resgate histórico e conceitual de seus elementos na tradição clássica, assim como a caracterização do sujeito moral que a ética das virtudes exige e a estrutura do raciocínio prático que este tem de desenvolver a partir do conceito de florescimento e do reconhecimento de sua identidade animal e sua condição de vulnerabilidade e dependência.
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MARCOS ROBERTO ALVES OLIVEIRA
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O confronto entre Thomas Kuhn e Imre Lakatos sobre a racionalidade cientifíca
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Orientador : GERSON ALBUQUERQUE DE ARAUJO NETO
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Data: 24/09/2012
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Este trabalho tem por objetivo evidenciar algumas divergências entre o pensamento de Thomas Kuhn e Imre Lakatos no que se refere ao progresso da ciência. Estando organizado em cinco tópicos, onde inicialmente é caracterizada a contextualização histórica do debate científico, enfatizando a metodologia indutivista moderna. Em seguida, apresenta as teorias de Thomas Kuhn e Imre Lakatos, caracterizando os seus pensamentos e destacando a influência de Karl Popper nos trabalhos desenvolvidos por estes autores. No que se refere a Kuhn enfatizou-se o conceito de paradigma e no que se refere a Lakatos, a noção da sua Metodologia dos Programas de Investigação Científica. Finalmente são apresentadas as principais divergências entre Lakatos e Kuhn, a respeito do progresso científico, decorrentes sobretudo da maneira diferenciada que cada um concebe a história da ciência. Em Kuhn, ela parece ser o resultado de todos os tipos de interferências humanas; enquanto que para Lakatos, é considerada como atividade ideal (lógica), distanciada de todo contágio com a realidade sócio-psico-cultural.
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LEONARDO BRUNO VIEIRA SANTOS
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“TWO DOGMAS OF EMPIRICISM E A "GUINADA CIENTÍFICA" NA FILOSOFIA ANALÍTICA"
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Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
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Data: 24/09/2012
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O presente trabalho tem como objetivo mostrar como ocorreu uma “guinada científica” na Filosofia Analítica a partir do artigo Two Dogmas of Empiricism de W. V. Quine. Neste artigo Quine demonstra que não há como fundamentar uma suposta divisão entre enunciados que são verdadeiros unicamente por causa do significado de seus termos e enunciados que necessitam dos fatos para serem tidos como verdadeiros, ou seja, não há como sustentar a divisão analítico/sintético. Assim, sobre os escombros deste dualismo Quine edifica seu holismo semântico, exemplificado pela ideia de um campo de força que está em contato com a experiência apenas nas extremidades. Essa imagem da ciência campo de força foi desafiada por filósofos como Dummett. O presente trabalho, portanto, se concentra na revolução iniciada por Quine na Filosofia Analítica, demonstrando que seus argumentos contra a analiticidade alcançam todas as formas em que se concebam essa noção.
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DANIEL RAMOS DOS SANTOS
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A EPISTEMOLOGIA NATURALIZADA DE QUINE E SUA RELAÇÃO COM A NORMATIVIDADE EPISTEMOLÓGICA
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Orientador : MARIA CRISTINA DE TAVORA SPARANO
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Data: 21/09/2012
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A presente dissertação tem como objetivo investigar a relação da epistemologia naturalizada de Willard Quine como a normatividade epistêmica. O projeto epistemológico quiniano surge como um resultado das críticas que Quine direciona contra o que podemos chamar de ‘posição epistemológica tradicional’. As críticas de Quine sugerem que o projeto da epistemologia tradicional, com sua pretensão, dentre outras, de fundamentar as ciências naturais, deve ser abandonado. Um dos aspectos fundamentais da posição tradicional, além do fundacionismo, é a normatividade. Aceitar a sugestão de Quine, de abandonar as pretensões da epistemologia tradicional, como sendo impossíveis de serem alcanças – como defenderá Quine – em favor de uma posição mais modesta, que se encontra dentro do contexto da própria ciência natural, parece obviamente implicar o abandono dos elementos ou noções que caracterizam a epistemologia tradicional, como as descritas acima, e além daquelas, a ideia de uma filosofia primeira e a concepção apriorística. Com isso, a epistemologia passaria apenas a fazer descrições, já que nesta nova perspectiva, o conhecimento é entendido como algo natural, bastando apenas descrevermos como ele ocorre. Isso levaria, claro, a uma extinção da separação entre ciência e epistemologia. A epistemologia se tornaria uma ‘epistemologia científica’. O problema aqui pode ser formulado na seguinte pergunta: por que continuar a chamar esse projeto naturalista de epistemologia, já que não são mais consideradas as características que constituem aquilo que podemos chamar propriamente de epistemologia? Uma resposta seria a de que Quine, de modo surpreendente, a despeito de suas críticas a toda tradição epistemológica, irá defender a manutenção em seu projeto naturalista, daquilo que ele chama de elemento característico da epistemologia, a saber, a normatividade. Portanto, nossa investigação consistirá em saber como Quine pretende responder aos críticos e conciliar duas concepções que a princípio são antagônicas, naturalismo e normatividade. O texto terá a seguinte estrutura: no primeiro capítulo será feita uma breve apresentação do que seria a epistemologia tradicional e qual seria, dentro desta, o alvo das crítica quiniana; no segundo, apresentaremos a epistemologia naturalizadas com suas principais teses; no terceiro e último, investigaremos como Quine pretende sustentar a manutenção da relação entre epistemologia naturalizada e normatividade.
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JOEDSON DE SANTANA OLIVEIRA
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O NOVO REPUBLICANISMO DE PHILIP PETTIT: A RECUSA DO PROJETO HABERMASIANO DE CONCILIAÇÃO ENTRE LIBERALISMO E REPUBLICANISMO
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Orientador : JORGE ADRIANO LUBENOW
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Data: 21/09/2012
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Este trabalho tem como ponto de partida o debate entre as tradições liberal e republicana, que figuram como duas correntes de pensamento político de grande notoriedade. O alcance e o poder de convencimento destas tradições tem sido objeto de debates acalorados nas últimas décadas. Habermas retoma este debate e aponta falhas tanto no liberalismo como no republicanismo e propõe uma alternativa ao debate, qual seja, a política procedimental deliberativa, que tem a pretensão de unir aspectos do liberalismo e do republicanismo resultando em uma proposta nova de política normativa. O ponto fulcral deste trabalho é uma discussão sobre a justeza da caracterização que Habermas faz do republicanismo. Nosso questionamento surge porque analisando o republicanismo de forma mais ampla, perceberemos que Habermas ignora uma vertente significativa desta tradição, ou seja, a leitura que Habermas faz do republicanismo é muito simplista abarcando no máximo o republicanismo neoateniense. Existe, portanto outra vertente do republicanismo que é ignorada por Habermas, o republicanismo neorromano. Philip Pettit representa hoje uma das vozes que mais defendem o que se vem chamando de revival republicano. Analisando o republicanismo pela perspectiva de Pettit, nos vemos confrontados com a questão de se realmente o ideal conciliatório de Habermas é necessário. Dada a relevância do novo republicanismo, aqui representado na figura de Pettit, nos inclinamos a dizer que se até a metade do século passado ela foi ignorada hoje isso já não é mais possível.
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JAAZIEL DE CARVALHO COSTA
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A EPISTEMOLOGIA DE LEWIS: UM ESTUDO DO TRATAMENTO DE DAVID LEWIS AO PARADOXO DA LOTERIA
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Orientador : EMERSON CARLOS VALCARENGHI
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Data: 17/09/2012
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O presente trabalho é um estudo acerca do Paradoxo da Loteria e da proposta de solução de David Lewis ao mesmo. Buscar-se-á explicitar a natureza deste puzzle, expondo quais as principais dificuldades de tratar deste problema e quais suas implicações para a epistemologia, limitando nosso tema à justificação epistêmica. Exporemos também a proposta contextualista de Lewis para resolver tal paradoxo, a qual está em xeque em nosso trabalho, uma vez que esta tem sido alvo de diversas críticas. Por fim, objetivamos expor a teoria de Lewis a uma bateria de testes argumentativos a fim de avaliá-la.
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IVAN JORGE SOUSA PESSOA
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O CONCEITO EXISTENCIAL DE CIÊNCIA SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER: UMA HERMENÊUTICA DAS CIÊNCIAS NATURAIS.
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Data: 14/09/2012
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Este estudo objetiva abordar a filosofia de Heidegger em sua compreensão acerca da gênese ontológica do comportamento científico, buscando especificamente em Ser e Tempo, uma tematização existencial sobre as ciências naturais. Para tanto se faz necessária uma abordagem prévia sobre a constituição fundamental do existente humano, doravante Dasein, ente com respectivo privilégio ontológico no tocante ao conhecimento. Nesse sentido, a referência ao § 69 da obra em destaque, torna-se decisiva, almejando-se desse modo, uma leitura hermenêutica das ciências naturais que, vinculará a temporalidade do ser-no-mundo à descoberta científica dos entes intramundanos, na relação fundamental entre ocupação e circunvisão. Mobilizando a questão do conhecimento para os limites metodológicos da mundaneidade temporal do Dasein, Heidegger desloca o foco para o âmbito de uma ontologia fundamental, a despeito de uma teoria do conhecimento propriamente. Relacionar a finitude humana com o conhecimento científico, eis o que se objetiva nos meandros dessa pesquisa.
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VIRNA DE BARROS NUNES FIGUEIREDO
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Reavalição da Crítica de Peter Singer ao Especismo Moral
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Data: 04/09/2012
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As relações entre os membros da espécie humana e demais animais permanecem estagnadas em uma situação de exploração e objetificação daqueles que não demonstram características próprias da espécie humana, a cujos interesses atribuem-se um peso maior. A valoração da vida e do interesse de um sujeito tomando por critério a espécie a qual pertence não parece justificável, de modo que ao longo dos últimos anos, surgiram importantes indagações e críticas a tal pensamento. Neste sentido, a presente pesquisa toma por base as considerações tecidas pelo filósofo australiano Peter Singer, ao promover uma reavaliação de sua crítica à tese especista, isto é, aquela que estabelece um círculo moral baseado apenas na própria espécie e segundo a qual, interesses humanos triviais têm prioridade sobre interesses vitais de seres não humanos.
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CLAUDIA RAQUEL MACEDO MOTA
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O sentido existencial de outro na ontologia fundamental de Heidegger
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Data: 10/08/2012
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A dissertação, a seguir, busca apresentar o caráter de ser-outro e o seu papel na proposta de Heidegger, em “Ser e Tempo”, de discutir a significação do ser a partir de uma ontologia fundamental. Porquanto, o objetivo principal desse trabalho é explicitar o sentido existencial de outro sob o contexto do esquecimento do ser provocado pela metafísica tradicional. Para introduzir o problema da pesquisa buscamos identificar a questão do sentido do ser no contexto da fenomenologia hermenêutica de Heidegger; no passo seguinte exploramos a ontologia fundamental comentando seus principais momentos, para enfim, situar, no interior da analítica existencial, a discussão do Mitsein (ser-com), expressão que Heidegger usa para caracterizar o modo como o Dasein vive em um mundo com os outros entes. Ao explorar o fenômeno do ser-com na preocupação com os outros desde a impropriedade para a propriedade do ser do Dasein, observamos o nexo fundamental com o fenômeno da morte. Foi assim, portanto, que chegamos à conclusão de que o aspecto prático da filosofia de Heidegger não constitui uma moral, em vez disso trata apenas da necessidade de colocar novamente a questão esquecida do sentido do ser.
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GADAFY DE MATOS ZEIDAM
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GEOMETRIA E CIÊNCIA, UMA CORRELAÇÃO RELEVANTE: ESTUDO ACERCA DA CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS MUDANÇAS NO STATUS DA GEOMETRIA E AS INFLEXÕES NA CIÊNCIA
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Orientador : GERSON ALBUQUERQUE DE ARAUJO NETO
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Data: 06/07/2012
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O presente trabalho tem o objetivo de indicar a relevância da correlação entre geometria e
ciência. O cumprimento deste objetivo requer que se destaque não apenas o protagonismo da
geometria especulativa de Tales na gênese de uma
episteme especial, caracterizada por leis
gerais, preditivas e verdadeiras, a qual ocorreu entre os gregos, mas, principalmente,
destacando-se que as mudanças no
status dos axiomas geométricos correspondem a inflexões
na ciência. Portanto, após dividir a ciência em três grandes concepções teóricas, pode-se
estabelecer a correspondência entre cada concepção da ciência (antiga
moderna
contemporânea) e sua geometria peculiar (dedutiva
descritiva convencional). A
relevância não pode ser desprezada, posto que as duas inflexões na ciência apresentam uma
similitude assombrosa, marcada por três etapas distintas: o Esforço Geométrico, a Inflexão e a
Virada Física.
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