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ROBERTO FREITAS DOS SANTOS
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LINGUAGEM E DIÁLOGO EM GADAMER: UM ESTUDO A PARTIR DE VERDADE E MÉTODO
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Advisor : GUSTAVO SILVANO BATISTA
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Data: Nov 17, 2021
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Nosso trabalho tem como propósito tratar da relação entre linguagem e diálogo (Sprache, Dialog) a partir do pensamento hermenêutico filosófico de Hans-Georg Gadamer (1900- 2002), tendo como base a abordagem realizada em Verdade e Método (2016), na sua terceira parte. Para isto, consideremos o tema da linguagem em sua relação com o diálogo, aspecto de relação fundamental com o outro. Sendo que a linguagem trata diretamente com o modo de compreensão e interpretação, e a conversação acontece enquanto diálogo. Também, apresentaremos os conceitos gadameriano que são fundamentais para a discussão da nossa investigação, no que se refere à tematização da tradição da hermenêutica, e assim poder caracterizar a sua importância para a compreensão da linguagem verbal e não-verbal. Essas que por sua vez advém da seguinte forma: a linguagem verbal dá-se através da fala, e a linguagem não-verbal se constitui pelo vies da escrita (textos e livros). Dessa forma, podemos entender que a linguagem e o diálogo são fenômenos que acontecem enquanto manifestação hermenêutica, e os mesmos são necessários para o modo de ser do homem.
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ANNA KAMILLA DE ARAUJO SOUZA
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O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DISCURSIVA DO DIREITO EM HABERMAS.
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Data: Oct 29, 2021
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A presente dissertação faz um estudo sobre a problemática da fundamentação discursiva do direto do filósofo alemão Jürgen Habermas. As transformações enfrentadas pela sociedade, principalmente no que diz respeito às normas e a problemática da justiça, têm sido significativas, e a busca por critérios de legitimação faz-se cada vez mais necessário. A partir da reviravolta linguístico-pragmática, Habermas formulou sua teoria do agir comunicativo que posteriormente seria base para a teoria discursiva do direito, que busca introduzir uma maneira de pensar a ética cognitivista no âmbito da Justiça,a favor de um procedimento onde normas são geradas por processos de argumentação. A pesquisa se concentra em analisar os aspectos que envolvem a criação dessas normas a partir de uma validação discursiva, o que resulta naparticipação de todos aqueles afetados por esse ordenamento jurídico, e, consequentemente, em um cenário menos desigual e mais justo. Assim, primeiramente fez-se uma análise dos aspectos fundamentais da teoria do agir comunicativo e dos seus princípios essenciais. Em seguida, uma reconstrução da proposta de Democracia em Habermas,o lugar que o Direito ocupa em seu arcabouço teórico e a sua relação com a moral. Por fim, é feitauma análiseda teoria discursiva do direito habermasiana, seus fundamentos e os aspectos que envolvem sua aplicação, a fim de mostrar as condições que envolvem a legitimação das normas jurídicas para que se tenha um verdadeiro Estado democrático de direito.
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AMANDA SOBRINHO COSTA
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SOBRE A IDEIA DE SUPERAÇÃO NO ZARATUSTRA DE NIETZSCHE
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Advisor : JOSE ELIELTON DE SOUSA
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Data: Oct 27, 2021
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Desde seus primeiros escritos, Friedrich Nietzsche (1844-1900) faz uma crítica radical dos valores morais, apontando especialmente a partir de Zaratustra, a necessidade de uma radical transvaloração de todos os valores. A partir dessa obra, o termo transvaloração se torna tema recorrente na filosofia de Nietzsche, constituindo-se como chave fundamental para se compreender seus escritos posteriores. A ideia de transvaloração unida a ideia de superação surge como um projeto para se rever os ideais propagados no Ocidente e superá-los. É através de sua personagem principal, Zaratustra, que Nietzsche retoma seu projeto de transvaloração, aprofundando os elementos conceituais que passa a caracterizar tal projeto nessa última fase de seu pensamento. Depois de dez anos de seu retiro nas montanhas, Zaratustra se vê transformado e pretende em seu declinar das montanhas, compartilhar de sua sabedoria para que outros homens sejam também transformados: “Vê! Aborreci-me minha sabedoria, como a abelha que juntou mel em excesso; preciso de mãos que para mim se estendam.”
A presente pesquisa se centrará então, em analisar esse processo de transvaloração, tal como descrito no Zaratustra, com o intuito de investigar se é possível identificar a presença de dois processos distintos de superação em tal movimento, um subjetivo (auto superação) e outro cultural (transvaloração cultural).
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FRANCISCO EDIVAN DA COSTA E SILVA
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O PROGRESSO DA CIÊNCIA: UMA ANALISE DA CONCEPÇÃO DE KARL POPPER
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Advisor : GERSON ALBUQUERQUE DE ARAUJO NETO
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Data: Sep 27, 2021
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A Filosofia da Ciência do século XX teve como um de seus principais problemas a
busca por explicar o progresso do conhecimento científico. Nesse contexto, diversas
concepções epistemológicas se posicionaram com o intuito de alcançar esse objetivo.
Dentre elas, destacou-se a concepção de Karl Popper, filósofo da ciência que tornou
se um dos mais influentes do século passado. Compreendendo a relevância da
temática no contexto da Filosofia da Ciência, o estudo aqui proposto tem por objetivo
abordar a concepção de progresso científico em Karl Popper, no entanto, sem
pretender abordar todo o pensamento epistemológico do autor, que se apresenta
como bem amplo. As duas questões fundamentais da epistemologia popperiana foram
o problema da indução e da demarcação, no entanto, paralelamente a estas questões
surge o problema do avanço do conhecimento científico, que vai ser amplamente
debatido pelo autor. Opondo-se à ideia de progresso por acumulação de
conhecimento, Popper defende que a ciência progride pelo método de conjeturas e
refutações em direção a um ideal de verdade que nunca atingirá, mas do qual se
aproxima constantemente mediante a eliminação de erros. Dessa forma, o progresso
científico é um caminhar permanente em direção à verdade, à qual nunca se chegará,
mas que, segundo Popper, reflete um retrato do real. O estudo toma como base para
construir sua fundamentação teórica as obras epistemológicas de Popper, destacando
A lógica da Pesquisa Cientifica, Conjecturas e refutações, Conhecimento Objetivo, O
Realismo e o Objetivo da Ciência, dentre outras obras do autor, complementada por
outras textos importantes de comentadores que se propõem a analisar o pensamento
de Popper. A pesquisa reconhece a importante contribuição de Popper para a Filosofia
da Ciência e destaca que o estudo de sua obra é indispensável para a compreensão
da ciência contemporânea.
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ANTONIA DE SOUSA VIEIRA SOARES
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O RECONHECIMENTO COMO SUJEITO ÉTICO EM PAUL RICOEUR
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Advisor : JOSE VANDERLEI CARNEIRO
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Data: Sep 3, 2021
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O objetivo desta dissertação é investigar a questão do reconhecimento do sujeito
ético no pensamento do filósofo francês Paul Ricoeur. Nossa pesquisa foi bibliográfica,
utilizando como fundamentação teórica as obras do filósofo central para o nosso estudo.
Organizamos o nosso trabalho em três momentos: o primeiro trata-se dos aspectos
constitutivos da identidade do sujeito. No segundo momento, desenvolvemos a questão
do Reconhecimento do sujeito ético a partir da noção de dom cerimonial na dimensão
antropológica da ágape. No terceiro ponto, buscamos no estudo de Ricoeur o perdão como
constitutivo hermenêutico no conceito de reconhecimento na assimetria da vida prática
do sujeito ético.
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EDUARDO JOSÉ LIMA DE OLIVEIRA
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UM ESTUDO CRÍTICO DA HEURÍSTICA DO TEMOR COMO INSTRUMENTO CENTRAL DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO RESPONSABILIDADE EM HANS JONAS
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Advisor : HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
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Data: Aug 30, 2021
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Nossa proposta consiste em fazer uma análise crítica a respeito do uso metodológico da “heurística do temor” na aplicação da ética da responsabilidade proposta pelo filósofo alemão Hans Jonas. Para cumprimento de nossa tarefa, no corpus deste trabalho, e seguindo o movimento feito por Jonas, traremos para nossa discussão o problema da técnica a partir da modernidade como pano de fundo do debate ético levantado pelo autor, o qual chama atenção aos efeitos cumulativos ambivalentes da técnica moderna que coloca em risco não apenas a vida humana, mas ela em sua totalidade e também sua continuidade. A constatação da insuficiência das éticas tradicionais vigentes, nesse novo contexto tecnológico, traz à tona a necessidade de um novo agir que deve levar em conta todas as esferas da vida, não somente no presente, mas também no futuro, pois a vida é um fim em si mesma que deve ser valorizada, e a valorização da vida exige não que o humano ou o não-humano tenha a primazia, mas a própria vida como fenômeno. Assim, a partir do diagnóstico de que a possibilidade da negação da vida emergiu graças à magnitude do poderio da técnica moderna, e que ética alguma vigente é capaz de lidar com essa nova situação, será dado ênfase ao conceito da responsabilidade como fundamental para a compreensão e formatação de uma nova proposta ética que seja favorável à permanência da vida no planeta, pois responsabilidade é princípio fundamental e determinante de uma ética de afirmação da vida. Então, ao final, será elaborada uma discussão crítica em torno do conceito “heurística do temor” usado por Jonas como principal método na aplicação de seu novo tractatus technologico-ethicus para uma civilização tecnológica, na intenção de verificar se de fato o sentimento do temor consiste numa boa opção para evocar a responsabilidade.
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GLAUCER FERREIRA SILVA
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A AGÔNISTICA NO JOVEM NIETZSCHE E A INTENSIDADE DA DISPUTA COMO CONDIÇÃO DE CRIAÇÃO
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Data: Aug 30, 2021
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A presente proposta investigativa tem como escopo pensar o elemento agonístico contido nos primeiros escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), a saber: A visão dionisíaca do mundo (1870), Os cinco prefácios para cinco livros não escritos (1872) e O Nascimento da Tragédia (1872); assim como outros textos do autor que se façam necessários. O conceito de agón como força singular que impulsiona o fazer filosófico é, na filosofia nietzschiana, um termo ímpar, pois propõe rupturas e fissuras no próprio ato de pensar, postura esta, por vezes, extremamente radical com a tradição filosófica: como a ideia de verdade tão cultuada pelos pensadores clássicos da filosofia que encontra em Nietzsche uma leitura diferente. Para tanto, o agón será tratado como um conceito aberto exatamente por sua natureza polissêmica, eixo de fundamental importância nos escritos nietzschianos de juventude, mas que utilizaremos no sentido de disputa ligada ao embate de ideias. Seguindo esse fio interpretativo, apontaremos para o efeito trágico contido na dicotomia apolíneo/dionisíaco, tão cara ao autor. Acreditamos que já no jovem Nietzsche há, mesmo que de forma embrionária, a força criativa que tem a estética como vetor para sua produção filosófica vindoura. A filosofia nietzschiana tem como finalidade uma proposta afirmativa da vida e encontra na arte uma ferramenta fundamental para realizar esse intento. Como sabemos, o Nascimento da tragédia é uma obra amplamente debatida e nela podemos notar lampejos da produção posterior do filósofo. O devir nietzschiano confunde-se, em nosso modo de ver, com o próprio agón, posto que a mudança, o vir a ser constante é sua marca, e compreender como ele se manifesta em seus primeiros escritos é o alicerce de nossa proposta. A ideia de afirmação da vida, de modo positivo, passa pela crítica e pelo conflito, e o perspectivismo nietzschiano nos fornece o respaldo necessário para se pensar qual a relação entre o projeto trágico do autor e o agón como devir. No pensamento nietzschiano e na própria filosofia esse elemento é fundante e indispensável como procedimento crítico, posto que é a partir do choque que emerge o novo, que o conflito é salutar quando relacionado como a grande saúde em Nietzsche. Entendemos que pensar o jovem Nietzsche e o seu modo de fazer filosofia tem como norte a afirmação da vida ante as forças degenerativas, que este tanto critica em obras posteriores.
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HANDERSON REINALDO ARAUJO
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A JUSTIÇA COMO VIRTUDE NA ORGANIZAÇÃO RACIONAL DA PÓLIS NOS DIÁLOGOS A REPÚBLICA E LEIS
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Advisor : ZORAIDA MARIA LOPES FEITOSA
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Data: Aug 27, 2021
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Esta dissertação intitulada A justiça como virtude na organização racional da pólis nos diálogos A República e Leis tem como objetivo analisar se Platão propõe nas Leis a superação da ideia de justiça defendida n´A República, partindo de uma justiça natural (fundamentada na phýsis) para uma justiça positiva (justificada a partir do nómos). Sob essa perspectiva, o problema filosófico fundamental que esta dissertação objetiva responder se expressa da seguinte forma: Platão propõe nas Leis a superação da ideia de justiça defendida n´A República? Propomos uma análise dos dois diálogos buscando destacar a ideia de justiça defendida por Platão em cada um deles e a imprescindibilidade da concepção de justiça na organização racional da Kallipolis e da Magnésia. Assim, no primeiro capítulo, discutiremos sobre as primeiras concepções de justiça nos livros I e II do diálogo A República, destacando as objeções socráticas direcionadas a cada uma delas; no segundo capítulo, investigaremos a virtude da justiça na organização racional da Kallipolis e as demais virtudes platônicas (sabedoria, temperança e coragem), encontradas tanto no cidadão quanto na cidade, enfatizando a ordem/harmonia que deve imperar na pólis, bem como o papel do governante filósofo n´A República e as formas de governo justas e injustas; e, no terceiro capítulo, examinaremos a justiça como virtude na organização racional da pólis nas Leis, ressaltando as formas de constituição da cidade e o papel do legislador no exercício da sua função legiferante na Magnésia, bem como o compromisso da legislação com a totalidade das virtudes, especialmente a justiça.
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FRANCISCO DE ASSIS SILVA NETO
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ALEGRIA E CORPO: A FILOSOFIA ZOMBETEIRA E SUA POTÊNCIA AFIRMATIVA NA GAIA CIÊNCIA
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Data: Aug 27, 2021
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O presente trabalho propõe uma concepção de corpo à luz da compreensão de alegria na filosofia de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Sob a esteira do pensamento nietzschiano, optamos como caminho conceitual, tratar desta relação de modo mais pontual, especialmente acerca da ótica desenvolvida pelo autor em sua obra A gaia ciência (2012) de 1882. A alegria é um tema de suma importância no pensamento nietzschiano, visto que aparece constantemente ao longo de sua produção teórica e se coaduna com outros elementos-chave de seu pensamento como o amor-fati e vontade de potência. A alegria e o riso emergem como contraponto à estruturas de pensamento rígidas e dogmáticas, tais como a metafísica e o Cristianismo, que sustentaram a maior parte do pensamento ocidental. Nietzsche desenvolve uma filosofia que congrega a alegria e o riso como modo de pensamento afirmativo, que é capaz de aceitar as vicissitudes da vida e ainda assim criar outros modos de ser e agir no mundo. O filósofo evoca o poder do riso como incitador de um pensamento filosófico autônomo sem excluir a tragicidade que compõe a existência. Deste modo, após abordar a questão da alegria, pensaremos como se dá sua incidência em um corpo que é vida, criação e riso
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IZILDETE DE SOUSA TORRES
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A NOÇÃO DE SOLIDARIEDADE EM RICHARD RORTY A PARTIR DA LEITURA DO ROMANCE 1984, DE GEORGE ORWELL
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Advisor : HERALDO APARECIDO SILVA
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Data: Aug 23, 2021
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A presente dissertação trata da noção de solidariedade do filosofo Richard Rorty a partir dos romances e ensaios de George Orwell. Rorty na obra Contingência, ironia e solidariedade (2007) esclarece a relevância desta noção e sua relação com a literatura. O foco da pesquisa é o que podemos entender por filosofia prática em Rorty partindo da noção de solidariedade, e seus desdobramentos éticos e políticos. Desse modo, o trabalho tem como objetivo geral investigar a noção de solidariedade desenvolvida por Richard Rorty a partir dos romances e ensaios de George Orwell. No primeiro capítulo, destaco a presença da literatura e romances filosóficos na tradição filosófica com ênfase nos estilos literários da filosofia. Em seguida, mostro o valor inspirador das grandes obras de literatura na perspectiva de Rorty, considerando que o neopragmatista esclarece que o valor inspirador das grandes obras de literatura, fazem as pessoas pensarem que há mais nesta vida do que jamais imaginaram. No segundo capitulo, discorro sobre o uso filosófico dos romances. Inicio pelos romances de Orwell norteado por Rorty, em seguida as perspectivas de Kundera (sabedoria do romance, hipótese ontológica e egos experimentais) e Bloom (literatura sapiencial). Para finalizar, discuto as perspectivas de Kundera e Bloom, destacando que segundo Rorty os romancistas são melhores do que os filósofos para fins sociais específicos porque são “bons em detalhes”. No terceiro capitulo apresento o solidarismo em Orwell. Inicialmente destaco os instrumentos de Rorty: redescrição e recontextualização histórica evidenciando que a redescrição é um dos conceitos chaves do neopragmatista; é uma forma útil de entrar em sua obra. Em seguida evidencio as similaridades e diferenças entre Orwell e Rorty atentando para a política, distopias e liberalismo em ambos. Finalizo destacando a noção de solidariedade em Rorty a partir dos romances e ensaios de Orwell. Partindo da perspectiva de Rorty mostro a relevância da pesquisa porque é necessário uma mudança no modo de pensar a própria filosofia: a filosofia não teria mais a função de fornecer os “fundamentos de uma política democrática”, ou de indicar a “origem dos direitos humanos naturais”; seu novo papel seria o de estar a serviço da política democrática no sentido de possibilitar um “equilíbrio reflexivo” entre as nossas reações instintivas a problemas contemporâneos (os desafios atuais do nosso tempo) e os princípios gerais nos quais fomos criados (nossa herança cultural).
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BRUNO ARAUJO ALENCAR
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A CRÍTICA DE RICHARD RORTY A MICHEL FOUCAULT
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Advisor : HERALDO APARECIDO SILVA
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Data: Aug 12, 2021
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Esse trabalho tem o objetivo de apresentar a crítica de Richard Rorty (1931-2007), ao legado tardio de Michel Foucault (1924-1984). Iremos discutir incialmente a proposta filosófica foucaultiana, amparada no pensamento de Martin Heidegger e Friedrich Nietzsche, mostrando como, o ser-aí e a genealogia da moral, por exemplo, contribuíram significativamente para o devir filosófico de Foucault. Mais adiante, apresentaremos os seus domínios filosóficos: Arqueologia do saber, Genealogia do Poder e Estética da Existência, necessários para compreendermos toda a crítica a qual Rorty enfatiza ao filósofo francês. Em seguida, conheceremos como Rorty lê a filosofia de maneira formidável, ensejando uma edificação que objetiva o fim da crueldade e a ascensão da solidariedade dentro de um contexto cultural específico. Para tanto, iremos perceber como o neopragmatista projeta essa solidariedade a partir da interpretação da filosofia foucaultiana, evidenciando como o filósofo francês apresenta o cuidado de si (epiméleia heautoû), como uma proposta ética para que os sujeitos cuidem de si mesmos e dos outros, numa tentativa de livramento dos assujeitamentos aos quais o poder impetrou ao longo dos tempos. Rorty vai mostrar que o vocabulário adotado por Foucault aparenta ser inadequado às práticas humanas atuais; tendo em vista que o filósofo francês se concentra em apenas analisar uma historiográfica do passado para propor a invenção de si, salientando como os sujeitos foram reféns das artimanhas do poder, mas que parece esquecer de como propor, a partir do cuidado de si, como os sujeitos poderiam se (re) inventar num contexto de um futuro próximo, o que seria útil para Rorty. O que incomoda o neopragmatista, é o fato de Foucault odiar tanto as democracias liberais, e, que no projeto utópico de Rorty, a solidariedade é algo com o qual o filósofo deva se preocupar, olhando para todos os tipos de cultura. Nesse sentido, para Rorty, Foucault só exalta um incessante desejo por autocriação, (uma forma de perfeição privada que não abrange um desejo de preocupação para com os outros). Ao mensurar tal contexto, o neopragmatista mostra Foucault só adota o vocabulário do ironista, um ser humano que só se preocupa com projetos de autonomia privada, sem olhar para os outros, o que preconiza o desejo de um poeta forte, aquele que só preza por uma exacerbada constituição de si mesmo, uma espécie de autocriacionismo. Para o filósofo norte-americano, a falha de Foucault consiste em não adotar vocabulários alternativos que possam exaltar o cuidado de si e dos outros; pois isso não corroboraria com a intenção do ironista liberal, um ser humano que enseja que a crueldade é a pior coisa que poderíamos fazer. Somente assim, Foucault proporia uma boa ética do cuidado de si, aos olhos de Rorty. O que Rorty faz, é dar uma nova “roupagem” ao vocabulário utilizado por Foucault por meio da redescrição, para que possa ser lido como um verdadeiro “cavaleiro da autonomia”, ao passo em que se tornaria um filósofo edificante, fazendo parte de sua utopia solidária.
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CARLOS JAVIER LOZADA VILLEGAS
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El sentido común en la filosofía hermenéutica de Hans-Georg Gadamer
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Advisor : GUSTAVO SILVANO BATISTA
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Data: May 27, 2021
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En el presente trabajo de investigación queremos abordar el concepto de sentido común en la filosofía hermenéutica de Hans-Georg Gadamer a través de su principal obra Verdad y Método. Para respondernos a la siguiente pregunta ¿Es posible comprender el concepto de sentido común como una lógica dialéctica de preguntas y respuesta? La hermenéutica básicamente ha sido un proceso de comprensión e interpretación, pero para Hans-Georg Gadamer la hermenéutica adquiere un estadio de aplicación que en una unidad insoslayable entre la comprensión y la interpretación la hermenéutica filosófica adquiere una aplicabilidad fundamental. En consecuencia, el siguiente trabajo de investigación será desglosado en tres capítulos: en el primero desarrollaremos las nociones básicas de la filosofía hermenéutica de Gadamer. En el segundo abordaremos la postura de Jean Grondin en relación con la filosofía hermenéutica de Gadamer. Para culminar, intentaremos exponer con una mayor amplitud el concepto de sentido común en Gadamer.
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ADRIANO SANTOS DE OLIVEIRA
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O PROBLEMA DA INCOMENSURABILIDADE SEMÂNTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PENSAMENTO DE THOMAS KUHN
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Advisor : GERSON ALBUQUERQUE DE ARAUJO NETO
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Data: Apr 28, 2021
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O PROBLEMA DA INCOMENSURABILIDADE SEMÂNTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PENSAMENTO DE THOMAS KUHN Este projeto de pesquisa propõe uma discussão em torno do problema da Incomensurabilidade na sua forma semântica e suas implicações no pensamento de Thomas S. Kuhn, tendo como horizonte a discussão a abordagem realizada pelo filósofo da ciência nas suas principais obras A Estrutura das Revoluções científicas (1970); A Tensão Essencial (1977); A revolução Copernicana (1990); O Caminho desde a Estrutura (1996) assim como artigos e comentários dados pelo próprio filósofo que não se encontram catalogados entre suas obras. Nesse sentido, a análise do tema em questão guiar-se-á com base nos conceitos centrais da obra do filósofo da ciência, observando suas implicações para as dimensões da Teoria do conhecimento, Filosofia da Ciência, Filosofia da Linguagem. Em um primeiro momento Kuhn estruturará sua abordagem de forma que mostre o progresso das teorias dentro das estruturas cientificas, apresentando o conceito de paradigma que perfaz a ciência normal, prosseguindo assim até as suas rupturas, ou como o filósofo define, Revoluções. Trabalharemos, com base, nisso, com a hipótese de que a crítica de Thomas Kuhn acerca da fundamentação da ciência não ocorre somente por via de uma racionalidade pautada estritamente na metodologia, mas que ela pode e deve ser abordada pelo viés da linguagem. Para que afirmemos esta hipótese, será preciso realizar uma analítica textual sobre os escritos de Kuhn realizando dois recortes. O primeiro: de caráter mais histórico que consiste nas produções que abrangem os anos de 1962 a 1970 período este caracterizado pela Estrutura, no qual há mais presente uma Filosofia Histórica da Ciência. O segundo recorte: terá como base as produções pós Estrutura que consiste nas respostas aos seus críticos, assim como um amadurecimento por parte do autor acerca do que seria a incomensurabilidade e a sua importância para ciência, este período poderia ser caracterizado como a fase da filosofia da linguagem no pensamento de Kuhn, ou até mesmo de uma filosofia da linguagem kuhniana
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AMANDA DA SILVA FEITOSA
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O conceito de comunidade em Jean-Luc Nancy
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Advisor : JOSE ELIELTON DE SOUSA
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Data: Apr 8, 2021
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Esta dissertação apresenta a discussão acerca da releitura do conceito de comunidade de Jean-Luc Nancy no traçado de uma desconstrução e explicitações dos pressupostos da metafísica da comunidade. Partindo da compreensão do conceito de comunidade na tradição filosófica constituída pela metafísica da presença/metafisica da subjetividade. Compreendemos que o conceito de comunidade que é aceito como pacífico, não crítico, não desconstruído que tem seus pressupostos metafísicos. Esse conceito de comunidade que provoca rupturas, incompreensões e a nossa forma societária doentia, segundo Nancy. Questionar o conceito tradicional de comum a partir de Nancy.
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ANDYARA LETICIA DE SALES CORREIA
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UMA ANÁLISE DA CONCEPÇÃO TRIDIMENSIONAL DE JUSTIÇA DE NANCY FRASER: REDISTRIBUIÇÃO, RECONHECIMENTO E REPRESENTAÇÃO.
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Advisor : FRANCISCO JOZIVAN GUEDES DE LIMA
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Data: Mar 17, 2021
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A pesquisa que estamos propondo será desenvolvida com base no pensamento de Nancy Fraser sobre a sua concepção tridimensional de justiça, que aborda sobre a redistribuição, o reconhecimento e a representação. Para Fraser, as injustiças são ambivalentes, isto é, dizem respeito tanto a problemas de redistribuição quanto de reconhecimento e, por isso, o modelo redistributivo e o modelo de reconhecimento, por si só, não resolvem as injustiças, pois estão interconectados. É necessário ressaltar a evolução da importância da paridade de participação, que pressupõe redistribuição, reconhecimento e representação. Segundo Fraser, para um cidadão participar da esfera pública deve ter condições socioeconômicas mínimas e reconhecimento de sua identidade, o que levou a ampliação da sua concepção de justiça em relação à dimensão política. A dimensão política que trata da participação política dos cidadãos e da representação dos Estados no mundo em globalização. Fraser elabora e desenvolve a sua teoria de justiça em consonância com as lutas feministas, enquanto critica o capitalismo e modelo neoliberal vigente da sociedade. A presente pesquisa analisa se a autora consegue elaborar uma concepção tridimensional de justiça, por meio da redistribuição, do reconhecimento e da representação, e se isso é possível de ser aplicado em sociedades multiculturais. Busco demonstrar a importância da paridade de participação de todos os cidadãos na sociedade em que vivemos.
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RAHRA CARVALHO DE ARAUJO
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AS POTENCIALIDADES DO CONCEITO DE LIBERDADE SOCIAL DE AXEL HONNETH COMO FUNDAMENTAÇÃO DE UM ORDENAMENTO JUSTO
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Advisor : FRANCISCO JOZIVAN GUEDES DE LIMA
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Data: Mar 15, 2021
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Esta pesquisa se destina a investigar as potencialidades do conceito de liberdade social abordada na proposta de formação de um ordenamento justo na obra O Direito da Liberdade (2011) de Axel Honneth. Este conceito surge como alternativa aos dois modelos de liberdade: liberdade negativa e reflexiva. Segundo Honneth, esses modelos são limitados e apresentam patologias sociais. O modelo negativo de liberdade é entendido como ausência de impedimentos externos para a ação. Essa concepção de liberdade, para Honneth, levaria às patologias do individualismo e ao egoísmo. Já a liberdade reflexiva, caracteriza-se como a ação do indivíduo que na relação consigo mesmo se deixa conduzir apenas por suas próprias intenções. Para Honneth, esse modelo conduziria ao formalismo e ao subjetivismo. Dessa forma, Honneth apresenta a liberdade social como o modelo que supera as deficiências das outras duas propostas, isto é, sem patologias sociais. A liberdade social está baseada - seguindo Hegel - na categoria do reconhecimento recíproco e no respeito mútuo. Nossa proposta de investigação passa pela análise das potencialidades do modelo de liberdade social objetivado por Honneth como o meio de desenvolver uma teoria da justiça, que supere os problemas de conceitos estabelecidos distantes da realidade social. Como pretendemos explorar nesta pesquisa, sua proposta de justiça apresenta um novo método para o estabelecimento de parâmetros morais que fundamentam um ordenamento justo. Para tanto, o processo de reconstrução normativa se relaciona com as instituições sociais a fim de validar valores socialmente aceitos e assim estabelecer um alinhamento entre teoria e prática. O objetivo proposto por Honneth, a partir desse alinhamento, é implementar uma estrutura social que realmente leve a autêntica autonomia individual formada na intersubjetividade, assim como, proporcionar a efetivação da liberdade em todas as esferas institucionais que compõe a sociedade: familiar, econômica e política. Todas devem proporcionar aos membros a inclusão, participação e efetivação das relações de reconhecimento. Dessa maneira, portanto, resolver os problemas da justiça na contemporaneidade.
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RUAN PEDRO GONÇALVES MORAES
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RESISTÊNCIA E INTERVENÇÃO DEMOCRÁTICA NO PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE ANDREW FEENBERG
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Advisor : HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
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Data: Mar 2, 2021
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Esta dissertação tem por objetivo compreender o papel dos movimentos de resistência no projeto de transformação das tecnologias defendido na filosofia da tecnologia de Andrew Feenberg, principalmente, nas obras Transforming Technology (2002), Tecnologia, Modernidade e Democracia (2015), Technosystem (2017) e Entre a razão e a experiência (2017). Feenberg aborda os problemas modernos originados nas tecnologias a partir do que chama de uma Teoria Crítica da Tecnologia (ou construtivismo crítico). Para ele, o obstáculo central encontra-se numa crescente contradição entre democracia, capitalismo e formas de organização tecnocráticas. Sua proposta é de democratização das diversas instituições tecnologicamente mediadas da nossa sociedade. O problema que queremos focar trata da possibilidade de uma mudança das tecnologias como almejada pelo autor. Em outras palavras, como Feenberg defende a viabilidade da transformação tecnológica por vias mais democráticas? De que modo podemos aplicar os planos de ampliação de considerações das tecnologias, como pensa Feenberg, quando temos fatores artificiais, originados na articulação de grupos dominantes para a manutenção da lógica atual de busca pelo progresso, que produzem os trilhos sobre os quais os modos de produção e desenvolvimento de tecnologias atuais são guiados? Nossa hipótese tem na relação posta pelo autor entre “operadores” e “operados” a dinâmica necessária para sustentar uma visão otimista de mudança. Isto significa dizer que uma ação por parte daqueles grupos de baixo, na divisão social, é condição básica para apontar a possibilidade da transformação almejada pelo autor, porém, talvez não suficiente. Feenberg parece se dar por satisfeito com essa possibilidade, parte de seu objetivo é enfraquecer a perspectiva determinista dominante no cenário atual. Feenberg argumenta, a partir da sua concepção de tecnologia humanamente controlada e possuidora de valores, que há, por parte dos “operados”, a possibilidade de exigir mudanças na estrutura de produção tecnológica. Esse movimento de exigência é o que o autor chama de “interesses participantes”. Por meio de “intervenções democratizantes”, os diversos atores no interior do sistema técnico podem tanto subverter, regular, ou participar desde o projeto na produção e desenvolvimento das tecnologias. Nesse esquema, Feenberg trata do potencial tecnológico de se adequar e seguir diferentes arranjos técnicos para diferentes finalidades sociais.
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