As gomas naturais são polissacarídeos produzidos diversos organismos vivos, caracterizam-se pelo seu uso nas indústrias principalmente por suas características espessante e gelificante. De natureza diversa, diversas são as aplicações, há consenso da não existência de uma melhor goma, mas sim a (s) mais adequada (s) para um dado processo industrial. A Goma de Cajueiro (GC) é obtida do exsudato do cajueiro (Anacardium occidentale L.) como mecanismo de defesa e cicatrização natural da planta possui características semelhantes a goma arábica que é amplamente utilizada na indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia. Atualmente o Brasil importa a imensa maioria das gomas utilizadas na indústria nacional. Sendo o Piauí o segundo maior estado produtor de castanha de caju com produtividade ligeiramente superior que a nacional (em kg/ha). Entende-se que tecnologias a base da GC possam vir a ser um diferencial competitivo brasileiro. Para tanto o presente trabalho busca compreender o contexto nacional para o desenvolvimento e exploração econômica de tecnologias de GC e propor um modelo sucinto para orientação do processo de inovação que envolva ICTs e o setor produtivo com esse objetivo. A prospecção tecnológica revelou um protagonismo chinês no depósito mundial de patentes dessa natureza, o majoritário interesse do setor privado na atividade de proteção além de um grau de relativa maturidade para as tecnologias de GC com ampla ramificação e potencial econômico, concentrada principalmente na ciência dos alimentos. Das abordagens pertinentes a inovações orientadas por ICTs, destaca-se como oportuna para ambientes incipientes, caso brasileiro, a estratégia por market-pull apesar de ressalvas quanto ao grau de impacto da inovação. Um modelo de transferência por market-pull se mostra como pertinente iniciativa de fomento ao caso brasileiro.