A avaliação da morfometria e de atributos dos solos em bacias hidrográficas auxilia o desenvolvimento de planos para a proteção e conservação do solo e da água. O objetivo do trabalho foi analisar os fatores que atuam direta e/ou indiretamente na degradação dos solos da microbacia hidrográfica do riacho Piripiri (MBHRP) em Monte Alegre (PI). A análise morfométrica foi realizada para aumentar e complementar a compreensão acerca dos processos que controlam a sua degradação. Foram realizadas análises das frações granulométricas, argila dispersa em água (ADA), densidade do solo (Ds), Ca, Mg, P, nitrogênio total (NT), K, teor de carbono orgânico (CO), matéria orgânica (MO) e foram calculados os parâmetros de erodibilidade (K e Ki). A geoestatística foi utilizada para observar o comportamento da distribuição espacial das características químicas, físicas e dos fatores de erodibilidade (K) do solo. Com o uso do SIG, a morfometria da microbacia foi caraterizada com a finalidade de avaliar seu potencial de inundação e as caraterísticas que proporcionem fragilidade aos processos erosivos. Os solos apresentam altos teores de areia e baixa CTC. A área de Neossolos Litóllicos, montante da microbacia, apresentou os maiores valores de K. Essa região apresentou as maiores concentrações de argila e alta CTC. Os maiores teores de areia foram observados nos Latossolos Amarelos da parte mais central da microbacia, áreas com os menores teores de MO e baixo pH. No mapeamento da erodibilidade foi possível observar que esse índice é um bom indicativo para monitorar as condições do solo na MBHRP, seja ela para uso agrícola ou não. Os indicadores morfométricos indicam que o risco de enchentes é baixo para área de estudo. Contudo, o uso do solo sem planejamento adequado e sem adoção das técnicas de conservação associadas a fragilidade ambiental da região podem aumentar a vulnerabilidade das características físicas e químicas da área e, com isso, potencializar a probabilidade do avanço da degradação desses solos já muito fragilizados.