A produção de mudas com o uso de solução no nutritiva em substrato inerte é uma prática que vem ganhando destaque nos últimos anos por garantir, principalmente nas etapas iniciais, o melhor desenvolvimento da cultura. Neste sistema, o nitrogênio (N) é o nutriente mais absorvido e limitante, tanto pelo excesso quanto pela deficiência. Além disso, outro entrave é a proporção ideal de amônio (NH4+) e nitrato (NO3-), que varia, sobretudo, em função da espécie e cultivar. Entretanto o excesso de amônio provoca a redução do pH citoplasmático e a ativação de espécies reativas de oxigênio, relacionadas com injúrias à membrana plasmática e à estrutura da parede celular. Neste sentido o silício se destaca como potencial elemento mitigador dos efeitos deletérios ocasionados pelo excesso de amônio disponível no meio. Para isso, foi realizado testes com mudas de maracujazeiro-amarelo cultivado em substrato inerte com delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 2 x 3 +1, sendo o primeiro fator: i) presença e ausência de silício; o segundo fator: ii) proporções de NH4+/NO3-, de 50/50, 70/30 e 100/0 sob a concentração de 13 mmol L-1, enquanto o tratamento adicional com proporção de 100/0 sob a concentração de 20 mmol L-1 com a presença de silício. Os resultados demonstram o efeito benéfico do Si, quando a plantas são submetidas a condições estressante, melhorando a eficiência da fotossíntese e amenizando a injurias foliares desencadeadas pelo excesso de NH4+. Os efeitos adversos no crescimento e desenvolvimento vegetal, ocasionam na diminuição da produção de massa seca a medida que a proporção de amônio ultrapassa 6,5 mmol L-1 ao mesmo tempo o Si mitiga esse feito. O destaque do papel do Si fica mais evidente em plantas submetidas a altas doses de N (20 mmol L-1), cujo desempenho para a fotossíntese foi similar a uma dose menor (13 mmol L-1) na ausência do elemento.