Os biomateriais são cruciais para medicina moderna, oferecendo alternativas para a substituição de tecidos danificados, reparo de órgãos e entrega de medicamentos. Diante disso, a quitosana surge como um biopolímero promissor para aplicações biomédicas. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar comparativamente membranas de quitosana associada à três concentrações da espécie vegetal Faveleira (Cnidoscolus quercifolius). Foi realizada coleta das entrecascas, identificação botânica e obtenção do extrato alcoólico bruto (EAB) da planta. Para produção das membranas de quitosana e quitosana com EAB utilizou-se a técnica de evaporação do solvente. As membranas foram divididas nos grupos: QP (Membrana de quitosana pura), QF1 (Membrana de quitosana com 1,25 mg EAB), QF2 (Membrana de quitosana com 2,5 mg EAB) e QF3 (Membrana de quitosana com 3,75 mg EAB), sendo as amostras caracterizadas quanto sua capacidade antimicrobiana, hemolítica, citotoxicidade in vitro, Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e resposta de cicatrização in vivo. Analisando macroscopicamente as membranas, evidenciou-se mudança de cor à medida que o percentual do EAB foi aumentado, tornando as amostras mais claras. As análises demonstraram que não há atividade antimicrobiana nem mesmo hemolítica, MEV evidenciaram membranas com superfície lisas e regulares, mas com quantidade de poros variáveis. O teste de citotoxicidade mostrou que todas as amostras são viáveis para uso em sistemas biológicos enquanto no teste in vivo houve resposta variáveis quanto a cicatrização. Conclui-se que foi possível desenvolver membranas de quitosana com diferentes concentrações do EAB, e que a QF2 foi a membrana com maior potencial de resposta terapêutica por possui uma maior a quantidade de poros e uniformidade para migração de fibroblastos, consequentemente, o processo de cicatrização.