A leishmaniose visceral felina (LVFe) é uma doença infecciosa emergente causada por Leishmania infantum com distribuição global, que são transmitidos aos vertebrados, através do repasto sanguíneo de fêmeas do Flebotomíneo, sendo o Lutzomyia longipalpis, o principal transmissor. Portanto, o objetivo geral da pesquisa foi estudar a epidemiologia, histopatologia e aspectos moleculares da leishmaniose visceral no gato doméstico (Feliscatusdomesticus)nos municípios de Teresina/PI e Timon/MA. Foram examinados 327 animais os quais foram submetidos aanamnese para verificar a ocorrência de sinais clínicos relacionados a leishmaniose, coleta de sangue para exames sorológicos, aspirado de linfonodo poplíteo e medula óssea e biopsia de pele, foram semeados em meio de cultivo para confirmar a infecção pelométodo de pesquisa direta de Leishmania. As Leishmania isoladas dos felinos estão sendo submetidas a estudos moleculares (PCR-RFLP e sequenciamento) para identificar as espécies. Os achados histopatológicos observados na derme de felinos com leishmaniose em ordem crescente foi: acantose, espongiose, exocitose e paraqueratose. Os resultados deste estudo revelaram que os felinos em Teresina, Piauí, se infectam por Leishmania sp, com uma prevalência de 3,65% no exame parasitológico, 14,63% no Teste ELISA e 6,09% no TR DPP®. Em Timon, Maranhão, os felinos também se infectam por Leishmania sp, apresentando uma prevalência de 1,22% no exame parasitológico, 9,81% no Teste ELISA e 4,90% no TR DPP®. Os felinos infectados estão presentes em todas as zonas demográficas das cidadesAs principais alterações clínicas observadas nos animais infectados foram: aumento de linfonodos poplíteos, alopecia, emagrecimento, anemia, lesão de pele e nódulos na pele. Deste modo os felinos do estudo apresentaram uma alta prevalência da infecção, demostraram ser hospedeiros competentes para leishmania e seu papel na epidemiologia da doença, não pode ser subestimado, especialmente em áreas endêmicas para leishmaniose canina e humana