Durante séculos, o Direito privado vem apresentando colunas de sustentação
bastante sólidas, como a propriedade e o contrato, aparentemente imunes ao passar dos
anos. Porém, impactadas pela revolução tecnológica, tradicionais relações patrimoniais
têm sido rapidamente modificadas, pois as pessoas estão deixando de ter e acumular
coisas para simplesmente compartilhá-las, alterando os antigos paradigmas de
pertencimento e circulação de riquezas. A presente pesquisa, portanto, está relacionada
aos novos paradigmas das relações jurídicas patrimoniais, para indagar em que medida
os tradicionais institutos do Direito patrimonial privado devem ser ressignificados para
suprir as demandas oriundas das contratações on-line no âmbito economia
compartilhada.