A presente dissertação trata sobre o Senado Federal e a sua multifuncionalidade dentro da separação de poderes do Brasil, investigando especificamente se o órgão é estruturado e funciona de modo a cumprir sua missão constitucional de representação dos estados ou se outros perfis se sobressaem no seu desenho institucional e na sua dinâmica de funcionamento. A hipótese que orienta o trabalho é a que o Senado do Brasil não tem como ênfase, nem na forma como o texto da Constituição de 1988 pensou o órgão e nem no seu funcionamento, o perfil federativo, ganhando destaque outros perfis que podem ser pensados e explorados na separação e equilíbrio entre os poderes da república. A dissertação foi desenvolvido por meio de pesquisas descritivas e comparativas; foi feito uso dos procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica e documental. De maneira específica, o primeiro capítulo fez uma análise doutrinária, histórica e comparativa entre modelos e experiências de câmaras altas do Ocidente; o segundo capítulo desenvolveu uma investigação histórico-constitucional do órgão no Brasil; o terceiro foi dedicado a um estudo de dogmática constitucional sobre o instituto e o último analisou a dinâmica do senado brasileiro pós-1988.