O feijão-mungo (Vigna radiata (L.) Wilczek) é um grão da família das fabáceas apreciado por sua riqueza em proteínas, fibras e minerais. Amplamente consumido na Ásia, é cultivado em diversas partes do mundo, com destaque para a Índia, onde se concentra a maior produção. Apesar de seu potencial, a produtividade tem sido baixa devido a fatores sociais e técnicos, levando a uma média de 0,5 t/ha em comparação com o potencial de 2,0 t/ha. A baixa produtividade é atribuída a estresses bióticos e abióticos, práticas inadequadas de manejo e acesso limitado a variedades melhoradas. O experimento, conduzido no campo experimental da Embrapa Meio Norte em Teresina, Piauí, no ano de 2022, avaliou diferentes lâminas de irrigação em feijão-mungo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualisados com os tratamentos dispostos em parcelas subdivididas, tendo nas parcelas, cinco lâminas de irrigação (40, 70, 100, 130 e 160% da ETc) e, nas subparcelas, duas linhagens de feijão-mungo (M19 e M20) com quatro repetições. A aplicação de 133 mm de água resultou em uma produtividade de grãos de 482,1 kg ha-1. Em contraste, a lâmina mais elevada, equivalente a 160% da ETc, proporcionou uma produtividade média substancialmente maior, atingindo 1.116,7 kg ha-1. A lâmina 115% da ETc, proporcionou a melhor produtividade em termos de eficiência do uso da água. Esses resultados indicam que o aumento controlado na irrigação pode ser estrategicamente empregado para otimizar a eficiência do uso da água e, consequentemente, a produtividade do feijão-mungo nas condições edafoclimáticas específicas, como as encontradas em Teresina, Piauí.