A soja é estabelece relação simbiótica com bactérias diazotróficas, principalmente com as estipes-elite Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii, que fornecem nitrogênio às plantas através da fixação biológica do nitrogênio (FBN) reduzindo, portanto, o uso de fertilizantes nitrogenados. A FBN é um processo biológico sensível aos estresses abióticos, principalmente à seca. O estresse hídrico é um dos fatores abióticos que tem maior impacto no crescimento e na produtividade vegetal, afetando a fotossíntese, a FBN e outros processos fisiológicos importantes. O uso de diferentes combinações de rizobactérias promotoras de crescimento tem se mostrado uma técnica inovadora para induzir a resistência das plantas aos estresses abióticos e esta abordagem representa uma alternativa promissora por mitigar as situações estressantes e garantir a manutenção da produtividade vegetal. De acordo com a literatura atual, a aplicação combinada de Bradyrhizobium (B. japonicum e B. elkanii) e espécies de Azospirillum, um gênero de rizobactérias promotoras de crescimento, tem mostrado respostas positivas em plantas de soja e em outras espécies vegetais, principalmente em leguminosas submetidas a estresses abióticos. Embora as associações simbióticas sinérgicas tenham se mostrado uma prática atraente, inovadora, econômica e ecológica para o cultivo de soja, as respostas bioquímicas destas plantas quando em simbiose com Bradyrhizobium (B. japonicum e B. elkanii) e espécies do gênero Azospirillum em condições de déficit hídrico são pouco conhecidas. Neste sentido, é crescente a necessidade de ampliar o conhecimento acerca das relações estabelecidas entre as plantas de soja, as bactérias diazotróficas (B. japonicum e B. elkanii) e Azospirillum spp. em condições de seca.