A análise bacteriológica em rações de peixes é fundamental para garantir a segurança alimentar e a saúde dos animais. Através dessa análise é possível identificar contaminações bacterianas e adotar medidas preventivas para evitar a disseminação de doenças e auxiliar no controle de qualidade das rações, garantindo os padrões sanitários adequados estabelecidos pelos órgãos regulamentadores. Entre as principais bactérias que podem ser veiculadas pela ração estão presentes a Escherichia coli, Salmonella, Bacillus cereus e Clostridium perfringens. O uso incorreto e indevido de antibacterianos comerciais nas rações de peixes para tratar bacterioses pode ampliar o espectro de resistência bacteriana com o passar dos anos e haver a transferência horizontal de genes de resistência, ocasionando riscos à saúde pública, devido às dificuldades para tratar bactérias multirresistentes, por isso a importância do controle destes agentes. Os objetivos desse estudo foram avaliar se a manipulação de rações de peixes com diferentes teores de proteínas interfere na qualidade bacteriológica e físico-química do produto, e avaliar o efeito inibitório da exposição a diferentes concentrações de Oxitetraciclina sobre as bactérias encontradas nas rações. Foram realizadas análises microbiológicas, físico-químicas, sujidades leves, e a determinação da sensibilidade ao antibacteriano Oxitetraciclina através do método de difusão em disco. Os resultados foram interpretados de acordo com as diretrizes do “Clinical and Laboratory Standards Institute” (CLSI). Os dados foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com arranjo fatorial 2x2, com rações de teor de proteína 45% (rações para alevinagem) e rações com teor de proteína 28% (ração para engorda), com amostras em sacos advindos de fábrica (controle) e amostras de sacos já manuseados na piscicultura. Os resultados serão submetidos a análise de variância pelo procedimento GLM do SAS versão 9.0 com α = 0,05.