AVALIAÇÃO DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS E POTENCIAL CITOTÓXICO DAS CASCAS DO CAULE DE Mimosa caesalpiniifolia IDENTIFICANDO O ÁCIDO BETULÍNICO COMO POSSÍVEL COMPOSTO BIOATIVO
Mimosa caesalpiniifolia; compostos fenólicos; efeito citotóxico; ácido betulínico
Mimosa caesalpiniifolia é uma planta nativa do nordeste brasileiro e poucos estudos têm investigado sua composição química e potencial biológico. Este trabalho descreve os primeiros constituintes químicos do extrato etanólico e frações das cascas do caule de M. caesalpiniifolia com base em análises de RMN, CG-EM e HRMS e a avaliação da atividade citotóxica. Os compostos químicos isolados da fração hexânica foram confirmados por análise de CG-EM, que mostrou também a presença de derivados de ácidos graxos, triterpenoides e esteroides. A biodiversidade de metabólitos em M. caesalpiniifolia foi evidenciada pela acumulação de ácidos triterpênicos pentacíclicos com alto teor de ácido betulínico na fração diclorometano. A análise baseada na quantificação dos teores de fenóis e flavonoides totais mostraram um maior conteúdo no extrato etanólico e a análise de ESI-(-)-LTQ-Orbitrap-MS identificou ácido cafeico glicosilado em alta intensidade e a presença de ácidos fenólicos e flavonóides como catequina e dímero de procianidina. Além disso, a avaliação do extrato etanólico e frações, incluindo a subfração F3 (ácido betulínico) contra linhagens de células tumorais de cólon (HCT-116), ovário (OVCAR-8) e glioblastoma (SF-295), mostrou uma atividade dose-dependente com o nível de ácido betulínico. Os estudos fitoquímicos e biológicos da casca do caule de M. caesalpiniifolia mostraram uma nova fonte alternativa de compostos antitumorais, possivelmente pela presença de ácido betulínico.