Antes da década 1980, o Óxido Nítrico (NO) era conhecido como poluente atmosférico, em sua grande maioria liberado a partir de combustões de materiais orgânicos como combustíveis fósseis¹-4, o referido óxido deixou de ser visto como mais um poluente ambiental para se tornar uma das mais importantes moléculas encontradas no meio biológico. O objetivo principal deste trabalho é compreender o comportamento da ligação M-NO. Para este trabalho foram realizados cálculos da Teoria do Funcional da Densidade (DFT) para investigar a estrutura do complexo trans-[M(NO)(oxa-aza)L]n+. Onde: M = FeII ou RuII, L=Py e EtɜP e NO que assumem estado de oxidação(neutro (NO●), oxidado (NO+) ou reduzido(NO-)), Os parâmetros geométricos foram obtidos utilizando o método PBE1PBE e dois conjuntos de bases LANL2DZ e SDD para comparação. O método e o conjunto de bases que melhor descreveu a estrutura foram PBE1PBE / SDD. Entre os diferentes estados de spin, ou seja, as diferentes multiplicidades nas quais o complexo pode adquirir, o complexo formado por ferro tem uma maior preferência em energia mais baixa para o spin alto e geometria hexacoordenada. O complexo de Rutênio tem uma maior preferência por spin baixo e geometria hexacoordenada. Os resultados obtidos pelo método NBO, mostraram que para as ligações M-NO, independente do ligante metálico, as espécies de nitrosilo interagem mais fortemente com uma reação redox com NO- reduzido, complexos em estado oxidado são fracos doadores de NO. Este efeito é realçado quando Py está na posição trans ao NO. Na analise dos espectros eletrônicos, dos complexos propostos, foi observado que o surgimento das bandas características de liberação do NO, MLCT, ocorreu principalmente entre os orbitais d do metal e π* do NO, foi observado para os complexos trans-[Fe2+(NO)(oxa-aza)Py]1 em um comprimento de onda em torno de 240nm e o trans-[Fe2+(NO)(oxa-aza) EtɜP]0 em torno de 265nm.