A reforma psiquiátrica, enquanto orientadora da política pública, tida como um movimento iniciado no Brasil na década de 1970, atualmente encontra-se consolidada com a apresentação de produtos voltados à atenção psicossocial em detrimento do modelo hospitalocêntrico. No contexto reformista, a desinstitucionalização se conforma como um desses produtos e se constitui como um conjunto de aparatos administrativos, disciplinares, científicos e normativos que suportem a pessoa com transtorno mental como sujeito de desejos e de direitos. Ademais, a literatura sobre a desinstitucionalização demonstra incipiência em investimentos referentes ao aspecto avaliativo, sobretudo, no que concerne a parceria entre Estado-família nesse processo e que necessita ser trazida ao âmbito do conhecimento. Nesse diapasão, o presente trabalho objetivou analisar a parceria Estado-família no processo de
desinstitucionalização em saúde mental no contexto piauiense, no período de 2005 a 2018.