O avanço da ciência nos possibilita analisar os processos saúde/doença/cuidado sob perspectivas de avanço tecnológico ao longo de mais de dois séculos. As concepções que romperam com o conhecimento atrelado à Igreja em tempos medievais, com o desenvolvimento da ciência positiva, visavam se contrapor ao obscurantismo clerical, aos argumentos da autoridade do clero e aos dogmas imutáveis da doutrina social e política feudal. Realidades como transplantes de órgãos, cura de doenças graves, tratamentos baseados em biotecnologia e nanotecnologia evidenciam os avanços da pesquisa científica nos campos biológicos, físico-químicos, farmacêuticos e biomédicos. No entanto, embora esse avanço esteja disponível para a maior parte das pessoas, ainda é possível observar, especialmente em países de desenvolvimento capitalista dependente, como o Brasil, doenças aliadas às situações de pobreza e de vulnerabilidades sociais, chamadas de Doenças Tropicais Negligenciadas.