Nascida de pesquisas quanto ao tratamento conferido a rural nas políticas de desenvolvimento, esta tese dirige sua atenção para as políticas de desenvolvimento territorial a partir de uma leitura crítica à luz da mirada decolonial e do pós-desenvolvimento. Na pesquisa os planos diretores e planos de ordenamento territorial do município são entendidos como registros importante das ordens discursivas de planejar o desenvolvimento. Os planos foram construídos nos marcos da modernização, quando sucessivas gestões públicas do município se baseiam em interesses empresariais globalizados e dependentes, praticando o modelo discursivo do desenvolvimento dito sustentável, por meio das enunciações econômicas de um suposto equilíbrio entre a exploração da biosfera, da integração à economia urbano industrial e de ações mercadológicas para superação da pobreza. Isso fez com que o município experimentasse uma construção territorial contraditória espacialmente e desigual socialmente. A pesquisa foi conduzida a partir de metodologia qualitativa tomando como fontes de dados, a produção bibliográfica sobre a temática e a análise documental com ênfase nos aludidos planos diretores, de forma a identificar especialmente como rural é concebido.