As conquistas do processo de redemocratização da sociedade brasileira culminaram com a Constituição Federal de 1988 e a inscrição da participação social como inerente à formulação, implementação e avaliação das políticas públicas. As principais instâncias de participação se configuraram por meio das Conferências e dos Conselhos, nas várias políticas e níveis de governo; no geral, conformando-se como espaços paritários, com a vantagem de 50% de sua composição ser estabelecida para usuários das políticas. O Conselho Estadual sobre Drogas, no contexto piauiense, terá uma conformação bem específica, sem contar com a participação de usuários dos serviços, compondo-se, majoritariamente, por representantes de organizações governamentais e da “sociedade civil”, traduzida como organizações não governamentais. Nesse contexto, a pesquisa teve como questões norteadoras: Quem são os atores sociais que influenciaram a construção da política sobre drogas no contexto piauiense? Que perspectivas, projetos e interesses encarnam? Que ações empreendem? Como contribuem para a configuração da política de álcool e outras drogas? Qual a relação de forças entre eles?