Esta tese nasceu do objetivo de compreender a ação cultural de coletivos/coletivas juvenis teresinenses enquanto expressões de pedagogias decoloniais. Seguindo uma abordagem qualitativa, orientada pela epistemologia e ontologia decolonial, a pesquisa ocorreu a partir de um levantamento bibliográfico e de uma pesquisa de campo, esta realizada exclusivamente por meio de plataformas virtuais, em função da pandemia de Covid-19. Para a pesquisa de campo, sete agrupamentos juvenis teresinenses intitulados coletivos ou coletivas, atuantes entre os anos de 2011 e 2021, foram selecionados a partir das mídias sociai virtuais Instagram e Facebook. Onze representantes desses agrupamentos foram distribuídos em quatro sessões de grupos focais, realizados de modo virtual. O corpus qualitativo da pesquisa, constituído de postagens nas mídias sociais e das entrevistas coletivas, foi interpretado por meio do modelo tridimensional do método de Análise Crítica do Discurso (ADC), na vertente dialéticorelacional (FAIRCLOUGH, 2016). Dados quantitativos, oriundos de questionário social com os/as participantes foram classificados, mensurados e analisados em uma perspectiva sistêmica (CHIZOTTI, 2017). Além da realização de entrevistas e pesquisa documental, também foi utilizada a técnica de observação direta, primordial para a conexão entre todas as técnicas (HAGUETTE, 1987). Os resultados apontaram que, entre 2011 e 2021, esses/as coletivos e coletivas atuaram realizando intervenções tanto em espaços físicos da cidade – ruas, avenidas, praças, espaços ociosos, museus, escolas, universidades etc. – quanto no ciberespaço.