Esta dissertação analisa a humanização da atenção à saúde no contexto da COVID-19, nos serviços de urgência e emergência dos hospitais e UPA’s no município de Teresina-PI, quanto às diretrizes de acolhimento, defesa dos direitos dos usuários, valorização dos trabalhadores e gestão participativa e cogestão. De modo mais específico: caracteriza como se configura a humanização da atenção à saúde nos serviços de urgência e emergência (hospitais e UPA’s) em relação às diretrizes da PNH: acolhimento; defesa dos direitos do usuário; valorização dos trabalhadores; e gestão participativa e cogestão; identifica possibilidades, dificuldades e desafios da humanização da atenção à saúde nos serviços de urgência e emergência da RUE (hospitais e UPA’s) no município de Teresina-Piauí, quanto às diretrizes da PNH: acolhimento; defesa dos direitos do usuário, valorização dos trabalhadores e gestão participativa e cogestão, antes da COVID-19; investiga as requisições consequentes da COVID-19 no âmbito da humanização da atenção à saúde nos serviços de urgências e emergências dos hospitais e UPA’s do município de Teresina, no atendimento às necessidades e demandas dos usuários, dos trabalhadores de saúde e dos gestores destes serviços; e averigua se as requisições da COVID-19 afetaram a humanização da atenção à saúde nos serviços de urgência e emergência dos hospitais e UPA’s do município de Teresina-PI, quanto às diretrizes de acolhimento, defesa dos direitos dos usuários, valorização dos trabalhadores e gestão participativa e cogestão. Alicerça este trabalho a abordagem qualitativa, cujo processo foi conduzido pelo método hermenêutico-dialético, com pesquisa bibliográfica, documental e de campo, com coleta de dados através de entrevista semiestruturada. Embasam a análise publicações do Ministério da Saúde e diversos outros autores que aprofundam conceitos caros para essa abordagem. Constituíram o campo de pesquisa 03 hospitais e 01 UPA, sendo entrevistados usuários, trabalhadores e gestores de saúde de cada ponto de atenção de atenção à saúde. Os dados produzidos demonstram que a atenção à saúde nos serviços de urgência e emergência apresentam ações de humanização isoladas e/ou fragmentadas. Embora essas características tenham persistido no contexto da COVID-19, a pandemia lançou luz aos serviços de urgência e emergência e tornou perceptível à toda a sociedade os esforços para salvar vidas e preservar a dignidade humana através de um cuidar humanizado. Ao tempo em que se reconhece o valor da atenção humanizada às urgências e emergências, ainda que fragmentadas, manifesta-se apoio ao fortalecimento de grupos multiplicadores dos ideais da Política Nacional de Humanização (PNH).