Estudo espectroscópico de icnofósseis (coprólitos) da Formação Pedra de Fogo, Bacia sedimentar do Parnaíba e da Formação Rio do Rasto, Bacia do Paraná
Icnofósseis, Coprólitos, Espectroscopia, Difração de raios-X
Análises de espectroscopia, energia dispersiva de raios-X e difração de raios-X de materiais paleontológicos como, por exemplo, excrementos fossilizados de de organismos que estiveram presentes nos intestinos de animais que os originaram têm fornecido inúmeras informações sobre a paleoecologia, o paleoclima e as condições químicas nas quais os mesmos foram preservados. Portanto, o estudo desses materiais tem grande importância científica para o estado do Piauí, onde há abundantes sítios paleontológicos que se encontram pouco estudados. Tendo em vista sua constituição físico-químicas em geral, os fósseis podem ser adequadamente estudados por técnicas de espectrosocpia, energia dispersiva de raios-X e difração de raios-X para identificar e caracterizar os compostos que constituem o material fossilizado. Elas permitem obter informações dos espectros moleculares das substâncias orgânicas e inorgânicas presentes nestes materiais fossilizados, como também, estes estudos podem revelar serem bastante promissores para auxiliar a novas interpretações paleoambientais, sobre a área em discussão e seus estratos deposicionais. Essas técnicas possibilitam, principalmente, inferências com relação aos eventos fossildiagenéticos, do processo de fossilização e melhor entendimento de características mineralógicas do antigo ambiente de vida do organismo fossilizado. O conhecimento dessas etapas durante a fossilização do organismo será de grande valia para a realização de pesquisas futuras. Neste contexto, o presente trabalho trata do estudo da caracterização de dois icnofósseis, denominados coprólitos, um da Formação Pedra de Fogo, Bacia Sedimentar do Parnaíba e o outro da Formação Rio do Rasto, Bacia Sedimentar do Paraná por meio de técnicas de espectroscopia, energia dispersiva de raios-X e difração de raios-X, bem como discutir, com base nessa caracterização, aspectos relacionados aos hábitos alimentares dos animais produtores desses coprólitos que viviam nas referidas regiões durante o período permiano.