Nesse trabalho, estudamos teoricamente os efeitos da inclusão de amplitudes de probabilidade
menos prováveis no experimento de interferência na fenda dupla, considerando ondas de matéria. Diante
disso, introduzimos o conceito de integrais de caminho de Feynman que fornecem o suporte matemático
para a existência desse tipo de amplitude de probabilidade, também conhecido como trajetórias exóticas.
Recentemente, trabalhos teóricos e experimentais tem utilizado o chamado parâmetro de Sorkin
para quantificar o efeito de trajetórias exóticas na fenda dupla e tripla. Nesse sentido, fizemos um estudo
bastante detalhado explorando as principais características e diferenças na forma de quantificar esses
efeitos em bambos os cenários de interferometria com ondas de matéria.
Dentre muitas diferenças, mostramos que partindo da definição do parâmetro de Sorkin da
literatura, que foi inicialmente definido na fenda tripla, seria impossível, com base nessa definição,
mensurar o efeito de caminhos exóticos na fenda dupla. Por outro lado, em nosso trabalho, introduzimos
uma forma de quantificar os efeitos de trajetórias exóticas, que é valido em ambas as situações
interferométricas. Nossa definição utiliza as diferenças de intensidade total e clássica, na tela de detecção,
para aferir a magnitude dessas trajetórias menos prováveis.
Por fim, utilizamos a função de Wigner para explorar as manifestações de caminhos exóticos no
espaço das posições e momento. Diante disso, fomos capazes de definir um parâmetro análogo ao fator de
Sorkin para o espaço de fase. Nessa direção, exploramos a negatividade da função de Wigner como uma
nova forma de quantificar os efeitos de caminhos exóticos na fenda dupla.