Segundo a organização Mundial de Saúde 91% das pessoas que
viveram na cidade em 2016 foram expostas a grandes concentrações de
poluentes, afetando assim todo nosso corpo incluindo os cabelos. Há uma
busca cada vez maior para entender como a poluição afeta o cabelo e outras
partes do corpo. Pesquisadores tem usado espectroscopia vibracional como
uma maneira de caracterizar e compreender as propriedades da fibra capilar.
Nesse trabalho foi usado espectroscopia raman aliada a analise multivariada
em uma tentativa de investigar quais alterações bioquímicas é causada pela
poluição na fibra capilar. Foram selecionadas 10 fibras comerciais e realizado
medidas de 0 - 40 µm de profundidade com passos de 2 µm em 2 µm.
Observamos que as principais alterações bioquímicas foram no S-S, C-S, CH2,
Amida III e Amida I. notamos isso pelo espectro com diferenças no pico do
dissulfeto (S-S) em 500 cm -1 ;a região de 600-700 cm -1 onde temos o pico 610
cm -1 e 652 cm -1 atribuída ao estiramento C-S; a região de 1200 –1350 cm -1 onde
temos o pico da Amida III(desordenada) em 1243 cm -1 e o pico da ligação CH2
em 1336 cm -1 ; e o pico 1660 cm -1 atribuída a Amida I. Portanto, a
espectroscopia raman é uma técnica eficaz para caracterizar fibras capilares e
as análises estatísticas como PCA e métodos de análise de cluster e Analise
de Descriminante Linear mostrou-se eficaz para separar as amostras em
grupos de forma precisa.