Nodulação e fixação biológica de nitrogênio em feijão-fava inoculado com rizóbios isolados de solos da microrregião do Médio Parnaíba Piauiense
Phaseolus lunatus L., simbiose, bactérias diazotróficas.
A indisponibilidade de nitrogênio no solo representa um fator limitante à produção das culturas. Em leguminosas agronomicamente importantes, como o feijão-fava, esta limitação pode ser contornada com a associação simbiótica destas plantas com bactérias diazotróficas (rizóbios) que fixam e convertem o nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a efetividade da inoculação de sementes de feijão-fava variedade Boca de Moça e Branca com rizóbios isolados de solos da microrregião do Médio Parnaíba Piauiense. O experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação com delineamento em blocos ao acaso com esquema fatorial 9 x 2 x 3 + 2, com quatro repetições. No geral, a inoculação do feijão-fava com os rizóbios ISOL-19, ISOL-32, ISOL-35 ou ISOL-50 induziram incrementos significativos nas variáveis analisadas. Foram observados incrementos na taxa de crescimento absoluto das plantas de feijão-fava var. Boca de Moça e Branca quando inoculadas com o rizóbio ISOL-32 e ISOL-50, respectivamente. Para a eficiência da fixação de nitrogênio, observou-se que este parâmetro foi superior aos 37 dias de experimento para ambas as variedades estudadas, principalmente quando as plantas foram inoculadas com os rizóbios ISOL-50 ou ISOL-18. Aos 63 dias de experimento, as duas variedades de feijão-fava apresentaram elevados valores de eficiência da fixação de nitrogênio quando inoculadas com o rizóbio ISOL-50. Conclui-se o crescimento e desenvolvimento das plantas de feijão-fava foram positivamente influenciados pela inoculação com os rizóbios isolados de solos da microrregião do Médio Parnaíba Piauiense, com destaque para o rizóbio ISOL-50.