DISPONIBILIDADE E VARIABILIDADE ESPACIAL DE COBRE, FERRO, MANGANÊS E ZINCO NOS SOLOS DO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ.
Micronutrientes, geoestatística, krigagem ordinária, semiárido
Os micronutrientes são importantes para uma produção agrícola adequada. Logo, o conhecimento dos teores no solo e sua variabilidade espacial é de suma importância para o manejo correto. O objetivo do trabalho foi levantar e mapear os teores dos micronutrientes (cobre, ferro, manganês e zinco) em solos do Sertão do Ceará. A área estudada está localizada no Sertão Central do Ceará, na bacia do Rio Banabuiu englobando os municípios de Pedra Branca, Senador Pompeu, Mombaça e Piquet Carneiro. Foram coletadas amostras e espacializados os pontos dos principais tipos de solo da região. Foram feitas análises de granulometria e químicas, além da determinação dos teores dos micronutrientes nos solos. Com os dados foi realizado a análise descritiva, ajustados os semivariogramas e os mapas de variabilidade espacial. Há uma alta variabilidade dos teores para cada nutriente na área estudada. Nas camadas superficiais o Fe, Mn e Zn apresentaram valores satisfatórios necessitando de pouca ou nenhuma adubação, porém o Cu apresentou em sua maioria os teores em níveis insatisfatórios, já necessitando de uma adubação contendo esse elemento. Os micronutrientes se correlacionaram com os atributos areia, argila, pH (H2O), soma de bases e saturação por bases nas camadas superficiais. Já nas camadas subsuperficiais os micronutrientes se correlacionaram com: areia, pH (H2O), Ca, Mg, soma de bases, CTC (pH 7,0), saturação por bases e matéria orgânica. Os micronutrientes apresentaram maiores correlações entre si nas camadas subsuperficiais. Foram determinados o modelo Gaussiano para Cu, Fe e Mn, o modelo exponencial para o Zn nas camadas superficiais. Nas camadas subsuperficiais o exponencial para Cu e Fe, o gaussiano para Mn e Zn. Boa parte da área tem bons níveis de teores dos micronutrientes nos solos.