A expansão das áreas de cultivo da soja através do desenvolvimento de novas cultivares adaptadas às regiões de baixas latitudes permitiu a consolidação da cultura na última fronteira agrícola do país, formada pelo bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento, a adaptabilidade e estabilidade, pelo método GGE biplot, de cultivares de soja em diferentes ambientes dos estados do Maranhão e Piauí. Os ensaios foram conduzidos nos estados do Piauí (Uruçuí) e Maranhão (Balsas, Chapadinha, São Raimundo das Mangabeiras e Tasso Fragoso), nas safras 2013/14 e 2014/15 respectivamente. Foram avaliadas a produtividade de 11 cultivares de soja RR nos sete ambientes através do delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Realizou-se analises de variância individual para cada ambiente e, posteriormente, a análise conjunta apropriada. Para o método GGE biplot, obteve-se dois componentes principais (PC1 e PC2), através da decomposição dos valores singulares dos efeitos de genótipos G + interação (Genótipo x Ambiente). Uruçuí (safra 13/14), São Raimundo das Mangabeiras (safra 13/14) e Tasso Fragoso (safra 14/15) apresentaram correlação positiva, no entanto Chapadinha (safra 13/14) e Balsas (safra 13/14) apresentam apenas correlação positiva entre si. As cultivares M8766RR, M8867RR, BRS271RR, ST820RR e M9144RR influenciam na formação de mega-ambientes. São Raimundo das Mangabeiras (safra 14/15) foi o ambiente que obteve maior capacidade discriminatória das cultivares de soja. As cultivares BRS333RR e M9144RR, seguidas pelas M8766RR, BRS Sambaíba RR e M9056RR demostraram boa adaptabilidade e estabilidade. As cultivares de soja menos estáveis foram BRS271RR, BRS219RR e M8867RR. Os ambientes Uruçuí (safra 13/14), Tasso Fragoso (safra13/14), Balsas (safra 13/14), Chapadinha e São Raimundo das Mangabeiras (safra 13/14) formaram um único mega-ambiente.