Buscando minimizar os efeitos da salinidade em leguminosas, a coinoculação do Azospirillum brasilense com rizóbio vem sendo uma ferramenta bastante promissora. A combinação entre microrganismos promotores de crescimento e bactérias fixadoras de nitrogênio podem promover melhor crescimento e desenvolvimento de espécies vegetais mesmo em condições de estresse salino, bem como maior aporte nos compostos nitrogenados dessas culturas. Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar o crescimento e compostos nitrogenados em plantas de feijão-fava coinoculadas com rizóbio e Azospirillum brasilense, assim como o metabolismo do nitrogênio em nódulos de feijão-fava e feijão-caupi em ambiente salino. Dois experimentos foram realizados em condições de casa de vegetação, com feijão-fava e feijão-caupi, no qual foram inoculados com cinco diferentes espécies de rizóbio de forma isolada e coinoculadas com o A. brasilense e rizóbio. Nos dois experimentos, as plantas foram analisadas na ausência de sal (0 mmol L-1 de NaCl) e na presença de sal (75 mmol L-1 de NaCl) em delineamento inteiramente casualizado, sendo o experimento I em esquema fatorial 2 x 11 + 1 (dois níveis de sal; cinco inoculações com rizóbio; uma inoculação com BPCP, cinco coinoculações de rizóbio e BPCP) e uma testemunha absoluta, com três repetições. Já o experimento II, em arranjo fatorial 2 x 2 x 10, sendo duas espécies vegetais (feijão-caupi e feijão-fava), dois níveis de salinidade no substrato (0,0 e 75 mM de NaCl), dez tratamentos (cinco inoculações com Bradyrhizobium e cinco coinoculações com Bradyrhizobium e A. brasilense), com três repetições. As respostas referentes ao crescimento, pigmentos fotossintéticos e os compostos nitrogenados nas plantas de feijão-fava coinoculadas com A. brasilense e BR 2003, e a coinoculadas com o A. brasilense e BR 3262 foram promissoras em otimizar o desenvolvimento da cultura em meio salino. Os compostos nitrogenados, bem como o metabolismo do nitrogênio em nódulos de feijão-fava e feijão-caupi foram favorecidos com a coinoculação do A. brasilense e BR 10398, e a combinação do A. brasilense com BR 3267, apresentaram interação simbiótica favorável com as culturas estudas, tendo mitigado os danos advindos do estresse salino.