A salinidade é um dos principais entraves para a produção da maioria das plantas cultivadas, responsável pela redução da produtividade, da sustentabilidade do meio ambiente e consequentemente da segurança alimentar. A seleção de genótipos com maior tolerância a salinidade é uma das principais altenativas práticas para redução do estresse abiótico em plantas cultivadas. Assim, objetivou-se com esse estudo avaliar o efeito de níveis crescentes de salinidade da água de irrigação sobre as características morfofisiológicas e de crescimento na fase vegetativa de duas linhagens de feijão-mungo [Vigna radiata (L.) Wilczek]. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x2, com seis repetições. Foram avaliados cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEai [0,5 (controle); 2; 4; 6 e 8 dS m-1] e duas linhagens de feijão-mungo (L1: Mungo black-PLMG; e L2: Mungo verde-PLMG). As avaliações dos parâmetros mofofisiológicos foram realizadas no meio (23-24 DAS) e no final (33-34 DAS) do estádio vegetativo. A salinidade afetou a altura da planta, diâmetro do caule, número de nós do ramo principal, número de folhas, número de ramos laterais, área foliar, índice relativo de clorofila e a massa seca da planta. Além disso, também foram afetadas pela salinidade a taxa de assimilação líquida, taxa de crescimento relativo e a taxa de crescimento da cultura das linhagens Mungo black-PLMG e Mungo verde-PLMG. A salinidade provocou a redução do crescimento e afetou os parâmetros morfofisiológicos das linhagens a partir da CEai de 0,5 dS m-1. Os efeitos nocivos da alta CEai sobre as linhagens foram mais expressivos no final do estádio vegetativo (34 DAS). Embora as linhagens avaliadas não apresentem diferenças quanto ao índice de tolerância a salinidade, a linhagem Mungo black-PLMG apresenta melhor adaptação aos aumentos da salinidade.