Tithonia diversofolia como alternativa de controle ao nematoide da lesões radioculares.
Planta antagonista; Girassol mexicano; Pratylenchus brachyurus.
Objetivando avaliar o potencial de Tithonia diversifolia como alternativa de controle de Pratylenchus brachyurus, foram instalados dois experimentos em casa de vegetação da Universidade Federal do Piauí, no período de março a outubro de 2014. No primeiro ensaio foram utilizadas diferentes doses de folhas verdes trituradas de girassol mexicano, e inoculação com 240 exemplares de Pratylenchus, incorparados ao solo. No segundo ensaio, utilizou-se o mulch de girassol, com 500 exemplares de Pratylenchus. Nos dois experimentos o delineamento foi inteiramente ao acaso com 5 tratamentos e 7 repetições. Foram utilizadas as mesmas dosagens 0, 5, 10,15 e 20 g/kg de solo esterilizado e o sorgo como testemunha susceptível. Cada parcela foi representada por um vaso de 2l, contendo uma planta indicadora de suscetibilidade com 15 dias de idade, o quiabeiro cv. Santa Cruz 47. Aos 60 dias após a inoculação, os nematoides foram extraídos das raízes e do solo e, em ambos os ensaios, foram analisadas as variáveis: peso do sistema radicular, peso da parte aérea, número de nematoides no solo e na raiz que, a partir da quantificação destes calculou-se o fator de reprodução (FR). No teste com incorporação de folhas verdes de Tithonia, todos os tratamentos reduziram a população de nematoides, com destaque para a dosagem de 20g /kg solo, cujo FR= 0,70, considerado resistente e apresentou maior crescimento do quiabeiro quando comparada a testemunha. No experimento utilizando o mulch, verificou-se, 60 dias após a inoculação, redução significativa da população de nematoides em todos os tratamentos e, a partir da dosagem 10g/kg solo, a redução de nematoides no solo e na raiz foi de 100%, contribuindo para o aumento da fitomassa do quiabeiro. Dessa forma pode-se concluir que a T. diversifolia tem potencial nematicida, podendo ser utilizada como planta antagonista no controle de P. brachyurus.