Comportamento agronômico e produtivo da cana-de-açúcar submetida á diferentes níveis de palhada no município de União PI
Manejo; Saccharum officinarum L; biometria; produtividade
No Brasil, a cana-de-açúcar se destaca pela grande produção de álcool e açúcar e, mais recentemente, pela co-geração de energia e álcool de segunda geração. Por muitos anos a colheita da cana foi realizada com queimadas, apresentando impactos ao meio ambiente, o que tem estimulado a adoção de sistema de colheita mecanizada da cana. O objetivo deste estudo foi avaliar a quantidade mínima de palhada a ser mantida no campo, de forma a otimizar a produtividade da cana-de-açúcar a partir da avaliação da contribuição de palhada para o desenvolvimento e manejo da cultura. O experimento foi instalado na Usina Comvap, no município de União – PI com a cultivar SP813250, ciclo de quarta soca, durante o período de Julho de 2013 a julho de 2014. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições, em esquema de parcelas subdivididas no tempo, sendo: T1=0% (0 Mg ha-1), T2=25% (4,19 Mg ha-1), T3=50% (9,54 Mg ha-1), T4= 75% (13,04 Mg ha-1) e T5=100% (18,38 Mg ha-1) da palhada produzida na área pelo cultivo do ano anterior. Foram realizadas avaliações morfoagronômicas da planta, da produtividade de colmos e da qualidade tecnológica do caldo da cana-de-açúcar. A biometria foi realizada mensalmente, por coleta destrutiva, medindo-se o número de perfilhos por metro linear, comprimento e largura da folha +3, número de internódios, altura e diâmetro dos colmos, número de folhas verdes e peso de matéria seca com as quais efetuou-se a estimativa do índice de área foliar (IAF), altura de colmo (AC) e numero de internódios (NI). Por ocasião da colheita, quantificou-se a produtividade de colmos e a qualidade tecnológica do caldo (tonelada de pol de sacarose por hectare TPH, Brix, açúcares redutores totais (ATR) e pureza do caldo, fibra, pol do caldo e pol da cana). Houve diferença significativa (p<0,01) entre os níveis de palhada estudados para TCH, mostrando que o níveis de 18,38 Mg ha-1 superiores aos demais mais estatisticamente igual 4,19; 9,54 e 13,04 Mg ha-1. O IAF apresentou-se superior nos tratamentos 13,04 e 18,38 Mg ha-1. Não houve diferença significativa para pol do caldo, pol da cana, pureza de caldo, ATR, TPH, brix e teor de fibra em relação a influencia dos tratamentos. No entanto, concluiu-se que a partir de 4,19 Mg ha-1 (25%) de palhada utilizada no campo, contribui no desenvolvimento da cana-de-açúcar nas condições ambientais do estudo.