Objetivou-se avaliar o desempenho morfofisiológico, de crescimento e produtivo de duas linhagens de feijão-mungo em resposta a salinidade da água de irrigação e aplicação de silício. Foram realizados dois ensaios, ambos em delineamento inteiramente casualizado. No ensaio I, realizado em 2019, foram avaliados cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEai [0,5 (controle); 2; 4; 6 e 8 dS m-1] e duas linhagens de feijão-mungo (L1: Mungo black-PLMG; e L2: Mungo verde-PLMG) para identificação da tolerância das linhagens aos aumentos dos níveis de CEai, avaliado durante o estádio vegativo. No ensaio II, realizado em 2020, com doses ajustadas de acordo com o ensaio I, utilizou-se os níveis de CEai: 1 (controle) 2, 3, 4 e 5 dS m-1; dois níveis de silício: 0 e 2 kg ha-1, com as mesmas linhagens do ensaio I, avaliados até a colheita. Na fase vegetativa a linhagem Mungo black-PLMG é menos afetada pelos aumentos da CEai, apresentando menor redução das massas secas das folhas e caule. Os aumentos da CEai limitaram com diferentes intensidades de resposta os parâmetros morfofisiológicos, o crescimento e o rendimento de grãos das linhagens Mungo black-PLMG e Mungo verde-PLMG. A aplicação exógena de silício (2 kg ha-1) não contribuiu para redução do estresse salino das linhagens de feijão-mungo. A Mungo verde-PLMG embora não possua maior tolerância à salinidade na fase vegetativa, apresentou maior número de grãos por vagem e peso de 100 grãos, além de maior produção de grãos até a CEai de 3 dS m-1.