O QUILOMBO PERIPERI E A IMPLANTAÇÃO DE HIDRELÉTRICAS NO RIO PARNAÍBA-PIAUÍ: uma aproximação antropológica à prática antropológica
Rede sociotécnica, Quilombo, Hidrelétricas.
Apresenta-se para a apreciação da banca de qualificação do mestrado em Antropologia os dois primeiros capítulos da dissertação intitulada “O QUILOMBO PERIPERI E A IMPLANTAÇÃO DE HIDRELÉTRICAS NO RIO PARNAÍBA-PIAUÍ: uma aproximação antropológica à prática antropológica”. Definiu-se como tema da presente pesquisa a rede sociotécnica formada em torno da comunidade quilombola de Periperi a partir da aproximação efetuada pela pesquisadora ao ser anunciada a implantação das Hidrelétricas de Castelhano e Estreito, a primeira à jusante do rio Parnaíba e a segunda a montante. Ao delimitar este objeto de pesquisa cercamos um espaço de relações que ultrapassa os limites espaciais do marco geográfico da referida comunidade quilombola, se estendendo por uma ampla rede que articula diversos atores, instituições, conhecimentos, política, direitos, rios, riachos, árvores, enfim, aspectos locais e globais; abstratos e empíricos; institucionais e individuais. Assim, no primeiro capítulo, denominado provisoriamente de “montando um laboratório antropológico”, é feita a descrição do arcabouço teórico e metodológico utilizados para o enfrentamento do problema da presente pesquisa. No segundo capítulo, realizamos a genealogia de um problema de pesquisa em que resgato a construção do meu problema de pesquisa desde a seleção do mestrado até a formulação mais atual deste, pretende-se, assim, alcançar alguns conceitos utilizados pela a antropologia, como “território”, “territorialidade”, “desterritorialização”, “hidrelétricas”, “quilombos”. Duas perguntas centrais animam este capítulo, são elas: Como a antropologia enfrenta estes conceitos? Como estes conceitos enfrentam a realidade?