O presente trabalho tem como objetivo principal compreender as características do arranjo institucional brasileiro após o período de redemocratização que levou a formação do presidencialismo de coalizão, de modo a tentar identificar se esse arranjo provoca instabilidade ou estabilidade democrática. Será realizada uma abordagem das teorias neoinstitucionalistas na Ciência Política contemporânea, posto que, a discussão institucional do presidencialismo de coalizão tem como pano de fundo o método da escolha racional, a hipótese desenvolvida para essa questão afirma que a Constituição Federal de 1988 criou um arranjo institucional do sistema político brasileiro único, com alta formação de alianças partidárias, proliferação de partidos, sociedade heterogênea, que provoca instabilidade no governo, mas que não é suficiente para romper com o regime democrático. Na discussão preliminar da pesquisa analisamos os conceitos fundamentais e a formação do sistema de governo a partir do modelo federalista e os argumentos empíricos da literatura americana de Linz (1985), Shugart, Carey (1992), Mainwaring (2001), Tsebelis (2009) e brasileira Abranches (1988), Figueiredo e Limongi (2001, 2003, 2006), Santos (1999, 2003).