O objetivo deste trabalho é investigar o impacto das assimetrias econômicas entre os países-membros na institucionalização da União das Nações Sul-Americanas. Institucionalização, neste caso, sendo compreendida segundo a definição de Huntington como “aquisição de valor e estabilidade” baseando-se nos seguintes critérios: Adaptabilidade, Complexidade, Autonomia e Coesão. A união de Estados com democracias recentes e diferentes processos históricos, níveis econômicos, culturais e políticos imprimem grandes dificuldades à pretendida aquisição, razão pela qual, a literatura destina grande importância à avaliação destes fatores, e no caso deste estudo, nos ateremos ao econômico onde as diferenças são ainda mais severas. A partir disso, questiona-se como este aspecto influencia na institucionalização da UNASUL, tendo em vista que apenas um país concentra quase metade do produto interno bruto total do bloco. Por tal motivo, a hipótese a ser testada é se, na prática, as assimetrias econômicas entre os países-membros representam um obstáculo à sua institucionalização, abalando negativamente a organização do bloco. Para tanto, realizaremos uma pesquisa cronológica da integração regional na américa latina e américa do sul desde o ideal bolivariano da "Pátria Grande", passando por algumas das tentativas de integração que surgiram no século XX, até a formação da Unasul no início do século XXI, destacando, neste contexto, o impacto do declínio neoliberal e ascensão do neodesenvolvimentismo no pensamento econômico regional, analisando como redundaram na criação do organismo e como este responde aos desafios e perspectivas vivenciados, para posteriormente, aplicar os critérios "huntingtonianos" a fim de mensurar o progresso institucional do bloco.