O objetivo deste trabalho é investigar o processo de institucionalização da Unasul e o impacto das assimetrias entre os países-membros, destacando a posição do Brasil. Institucionalização, neste caso, será compreendida segundo a definição de Huntington como “aquisição de valor e estabilidade”, baseando-se nos seguintes critérios: Adaptabilidade, Complexidade, Autonomia e Coesão. A união de Estados com democracias recentes e diferentes processos históricos, níveis econômicos, culturais e políticos imprimem grandes dificuldades à pretendida aquisição, razão pela qual, a literatura destina grande importância à avaliação destes fatores, e no caso deste estudo, destacaremos a posição do Brasil, país de maior território, PIB e contingente militar da organização. A partir disso, questiona-se como se como tais aspectos influenciam na institucionalização do bloco, tendo em vista que apenas um país concentra quase metade do produto interno bruto total do bloco. Por tal motivo, pretende-se descrever este fenômeno a partir da perspectiva institucional, dando enfoque à dicotomia autonomia-integração regional. Para tanto, realizaremos uma pesquisa cronológica da integração regional na américa latina e américa do sul desde o ideal bolivariano da "Pátria Grande", passando por algumas das tentativas de integração que surgiram no século XX, até a formação da Unasul no início do século XXI, destacando, neste contexto, o impacto do declínio neoliberal e ascensão do neodesenvolvimentismo no pensamento econômico regional, analisando como redundaram na criação do organismo e como este responde aos desafios e perspectivas vivenciados, para posteriormente, discutir o conceito de institucionalização, aplicar os critérios "huntingtonianos" e questionar o papel do Brasil na pretendida integração.