Este estudo tem como objetivo problematizar a compreensão de redes de movimentos sociais,
tendo como objeto empírico o movimento intitulado Ocupa Praça, em Teresina, ocorrido entre
o ano de 2015 e 2016. Partindo da concepção teórica de autores como Manuel Castells (2013),
Mario Diani (1992) e Ilse Scherer-Warren (2006), esta pesquisa debate a importância das
redes para consolidação de estratégias e coordenação do movimento em relação ao processo
de mediação entre sociedade e Estado. Ajundando pela via teórica, a compreender a relação
entre Estado e movimentos sociais. O objetivo do presente estudo consiste em explicitar a
formação do movimento, a identificação dos nós, a configuração organizativa e os níveis de
articulação que tornaram possíveis a construção de um projeto estratégico comum. Para tanto,
a opção metodológica escolhida partirá primeiro da exploração e identificação dos atores
(elos) do movimento, ao considerar que a análise em rede sinaliza um conjunto de nós
interconectados, atuando conjuntamente frente a um objetivo comum. Para orientação dos
trabalhos, o caminho metodológico escolhido fundamentar-se-á no método qualitativo,
empregando como instrumento de pesquisa entrevistas do tipo semi-estruturadas.