Esse trabalho tem por objetivo analisar o impeachment de Dilma Vana Rousseff em 2016 tendo como parâmetro o aspecto eminentemente político, em especial o estudo dos seguintes fatores, o relacionamento da presidente com o Congresso, a liberdade de expressão no país, a pressão popular exercida sobre a mandatária especialmente em razão dos escândalos de corrupção, a existência destes durante o período da crise até a destituição. A literatura em Ciência Política tem demonstrado que há um padrão nos países da América Latina onde ocorre o julgamento político do Presidente da República (Aníbal Pérez-Liñan), que os fatores acima citados estiveram presentes em todas as quedas de chefes do executivo a partir de 1992 e a partir disso pergunta-se se o impeachment de 2016 obedeceu a este padrão de instabilidade. A hipótese é que as características do evento são compatíveis com a régua proposta por Pérez-Liñan.