Esta dissertação tem como tema a democracia associativa e procura compreender a constituição do universo associativo brasileiro, em sua diversidade por regiões, e suas variações no período de 2002 a 2016, ancorada no conceito de ecologia democrática das associações. Inicialmente, identifica dentro da literatura internacional e nacional as principais contribuições, papeis, características e funções que as associações podem exercer dentro do itinerário da democracia associativa como modelo teórico e político. Em um segundo momento, toma por base dados empíricos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE sobre as fundações privadas e associações sem fins lucrativos referentes aos anos de 2002, 2005 e 2010, comparando-os entre si e com as informações produzidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA sobre o perfil das organizações da sociedade civil no Brasil. Os resultados mostram um índice percentual de crescimento das organizações civis maior nas regiões norte, centro-oeste e nordeste do que nas regiões sul e sudeste. O texto conclui que, embora os rankings das organizações civis quanto às regiões e áreas de atuação permaneçam os mesmos durante todos os períodos das pesquisas analisadas, acontecem variações ao longo deste processo que mostram que o universo associativo brasileiro está em transformação.