INTRODUÇÃO: Algumas doenças infecciosas e parasitárias (DIP), embora tenham dominado o quadro nosológico da saúde no Brasil por longos anos, recentemente, obteve uma redução no número de mortes. Porém, o acréscimo da meningite, da pneumonia e do vírus influenza, ocasionou um aumento do coeficiente de mortalidade. Embora venha ocorrendo uma acentuada melhoria nos principais indicadores de saúde, a distribuição desses benefícios não se deu de forma homogênea entre as diferentes populações. OBJETIVO: Analisar a evolução da mortalidade por DIP de residentes em Teresina, no período de 2001 a 2014, segundo características relativas ao tempo e pessoa, e analisar os diferenciais de sua distribuição no espaço intra-urbano, considerando as condições de vida de sua população. METODOLOGIA: Estudo ecológico, incluindo análise espacial por densidade Kernel, dos casos de óbitos por DIP como causa básica, entre 2001 e 2014, com dados do Sistema de Mortalidade (SIM). RESULTADOS: Foram registrados 4.916 óbitos por DIP e que geraram 8,9% dos APVP, ocupando a penúltima posição dentre as principais causas básicas. Observou-se um expressivo aumento do coeficiente de mortalidade geral por DIP ao longo do período (34,3-61,3 óbitos/100.000 habitantes), assim como da mortalidade proporcional em ambos os sexos, sobretudo em homens com 80 anos e mais. As DIP com maiores percentuais de óbitos foram: pneumonia (53,2%), AIDS (12,8%), doenças infecciosas intestinais (10,3%) e septicemia (7,4%). A maioria dos óbito eram do sexo masculino (53,8%), com faixa etária de 80 anos e mais (33,3%), casados (28,2%), da cor/raça parda (57,5%) e com 1 a 3 anos de estudo (20,6%). Todas as variáveis sociodemográficas e operacionais tiveram associação estatisticamente significante com a causa do óbito. A distribuição espacial se mostrou heterogênea. CONCLUSÃO: O resultado encontrado aponta para a urgência no investimento de prevenção e tratamento dessas morbidades, visto que são as que mais estão desperdiçando anos de vida, por afetarem de forma mais intensa jovens adultos e idosos. Essas informações tem relevância que podem contribuir para um maior impacto no aprimoramento de estratégias de prevenção e tratamento dessas doenças.