Introdução: As estratégias terapêuticas e prognósticas do carcinoma mamário têm levado em consideração principalmente a expressão dos receptores hormonais, como receptor de estrogênio (RE), progesterona (RP) e do receptor do fator de crescimento epidérmico humano (HER-2), permitindo a subclassificação molecular do carcinoma mamário nos subtipos Luminal A, Luminal B, HER2 hiperexpresso e Triplo negativo. A proliferação celular por meio da expressão do antígeno Ki-67 é uma determinante chave na agressividade tumoral, sendo considerados menos e mais agressivos, o Luminal A e o Triplo negativo, respectivamente, contudo há escassez de estudos comparando a expressão do Ki-67 entre estes dois subtipos em um número significativo de células. Objetivo: Avaliar a expressão do antígeno Ki-67 nos subtipos moleculares de carcinoma mamário luminal A e triplo negativo. Metodologia: Estudo retrospectivo realizado em blocos de parafina de carcinoma mamário arquivados no Setor de Anatomia Patológica do Hospital Getúlio Vargas e Hospital São Marcos há menos de cinco anos. Cinquenta e nove casos foram imunoistoquimicamente divididos em dois grupos, Luminal A com 29 casos e Triplo Negativo com 30 casos. Foram consideradas positivas para a expressão do Ki-67, as células com núcleo corado em marrom. Os dados foram analisados estatisticamente usando o teste t de Student, Mann-Whitney, teste exato de Fisher e Kolmogorov-Smirnov (p<0,05). Resultados: A porcentagem média de núcleos corados com anti-ki-67 foi 10,14 nos carcinomas de mama do subtipo Luminal A e 77,22 nos carcinomas de mama do subtipo Triplo negativo e esta diferença foi estatisticamente significante (p < 0,0001). Conclusão: A expressão da proteína Ki-67 foi significantemente maior nos carcinomas de mama do subtipo molecular Triplo Negativo em comparação com o subtipo molecular Luminal A.