INTRODUÇÃO: Os hospitais costumam ser ambientes em que a obtenção de um sono de boa qualidade constitui um desafio. Alterações no padrão do sono-vigília deve ser alvo de atenção, pois causam alteração na homeostasia e no bem-estar dos pacientes causando má qualidade de sono que, por sua vez, diminuem o potencial de melhora e aumentam o número de dias de internação. OBJETIVO: Avaliar a qualidade e padrão subjetivo do sono de pacientes hospitalizados em um hospital universitário. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com 230 pacientes de um hospital universitário na cidade de Teresina-PI. A coleta de dados ocorreu no período de setembro de 2017 a março de 2018, foram incluídos na pesquisa pacientes com idade igual ou superior a 18 anos; internados há, no mínimo, 48 horas e, no máximo, cinco dias com condições clínicas estáveis, orientação preservada. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado e para a avaliação da qualidade e do padrão subjetivo do sono foi utilizado, respectivamente, o Índice da Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) e as Visual Analog Sleep (VAS) Scales. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer número 1.901.494 e obedeceu aos critérios éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS. Foram calculadas estatísticas uni e bivariadas com o software IBM® SPSS®, versão 23.0. RESULTADOS: O escore global do PSQI nos últimos 30 dias foi 5,3 pontos. No domicílio foram observadas disfunções significativamente maiores no sexo feminino (p = 0,046). Na hospitalização, as escalas de Distúrbio, Efetividade e Suplementação atingiram, respectivamente, escores de 208,7 pontos, 353,8 pontos e 62,9 pontos. Os fatores que interferiram no sono durante a hospitalização foram prática de atividade física regular (p=0,024), maior índice de massa corporal (p = 0,033) e fatores do ambiente. CONCLUSÃO: Conclui-se que os pacientes apresentaram certo grau de distúrbio, com porcentagem alta para baixa efetividade do sono, e consequentemente necessidade de suplementação do sono durante o dia no período de internação. Observou-se também que fatores ambientais influenciaram negativamente a qualidade do sono no hospital, além disso, os pacientes com alguma dificuldade prévia relacionada ao sono apresentaram maiores prejuízos no padrão subjetivo do sono no hospital.