As mudanças na rotina dos professores, provocou transformações constantes do seu papel e de suas funções. O isolamento, particularmente obrigatório, juntamente com a sobrecarga ocupacional, podem resultar em uma alta prevalência de sofrimento psíquico, com perturbação emocional e mudanças nos hábitos alimentares. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a saúde mental e o comportamento alimentar de docentes de uma instituição pública de ensino superior durante a pandemia da covid-19. Metodologia: Trata –se de um estudo analítico, de caráter transversal, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no período de novembro a dezembro de 2020, de forma remota por meio do formulário online do Google (Google forms). Participaram 59 docentes, tendo sido avaliados quanto aos dados socioeconômicos e ocupacionais, aspectos relacionados a covid-19, nível de ansiedade, estresse, depressão pela escala DASS-21 e escores de Ingestão Emocional, Restrita e Externa, através do Questionário Holandês de Comportamento Alimentar. Para processamento e análise dos dados, foi utilizado software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Resultados: Na escala DASS21, verificou-se que o nível de estresse, se aplicou-se em algum grau, ou por pouco tempo: “Achei difícil relaxar” (47,5%). Na análise de comparação entre a classificação dos escores dos questionários de saúde mental e comportamento alimentar, houve uma associação entre níveis de ansiedade e episódios de restrição alimentar (p = 0,034). Foi verificada uma associação entre a ingestão externa (p = 0,032) e docentes que desenvolvem atividades remotas no turno vespertino, ingestão emocional (p = 0,049) e restrição alimentar (p = 0,019) em docentes que ministram aula no doutorado, ingestão emocional (p = 0,015), em docentes que têm projeto de pesquisa em andamento e que fazem orientação no mestrado (p = 0,043). Observou – se ingestão emocional (p = 0,049) e restrição alimentar (p = 0,019) em docentes que ministram aula no doutorado, ingestão emocional (p = 0,015), em docentes que tem projeto de pesquisa em andamento e que fazem orientação no mestrado (p = 0,043). Conclusão: Conclui-se que a maioria dos docentes avaliados apresentam algum nível de ingestão emocional, ingestão externa e restrição alimentar, estes comportamentos alimentares possuem relação com a ansiedade, estresse e sobrecarga ocupacional, com isso vale ressaltar a necessidade de atenção a este problema a partir da construção de medidas preventivas com foco no comportamento alimentar e saúde mental, a fim de melhorar a qualidade de vida dos docentes universitários.