Introdução: As alterações proliferativas endometriais e o câncer de endométrio são efeitos
adversos conhecidos do tratamento prolongado com Tamoxifeno no câncer de mama hormônio
sensível (CMHS). Nesse contexto, os inibidores da aromatase (IA), dentre eles o Exemestano,
tem sido utilizados no tratamento do CMHS em mulheres na pós-menopausa, bem como na
quimioprevenção, apresentando resultados promissores e reduzindo os efeitos adversos endometriais. Entretanto os efeitos do Exemestano no tratamento do CMHS no status pré- menopausa ainda são controversos. Objetivo: Avaliar a expressão do antígeno Ki-67 no epitélio endometrial de ratas em estro permanente tratadas com Exemestano. Métodos: Vinte e quatro ratas Wistar adultas, virgens e em estro permanente foram distribuídas aleatoriamente
em 2 grupos: grupo I - controle (n=12) que receberam propilenoglicol e grupo II - experimental
(n=12) que receberam 10mg/kg/dia de Exemestano (Aromasin®) diluídos em 0,5mL de
propilenoglicol durante 28 dias consecutivos. No 29o dia, realizou-se eutanásia das ratas e a
remoção do terço proximal do útero, sendo colocados em formol tamponado a 10%. Os tecidos
foram fixados em blocos de parafina, para posterior confecção de lâminas com estudo
imunohistoquímico padronizado. As células com núcleos corados em marrom foram
consideradas positivas para expressão de Ki-67. Os dados comparativos entre os grupos foram
analisados utilizando test t de Student (p < 0,05). Resultados: As porcentagens médias de
núcleos corados com Ki-67 por 500 células no epitélio endometrial de ratas em estro
permanente foi de 169,8±6,8 e 87,3±9,4 nos grupos I (controle) e II (Exemestano),
respectivamente (p<0,0001). Conclusão: O Exemestano administrado na dose de 10mg/kg/dia,
durante 28 dias consecutivos, reduziu de maneira estatisticamente significativa a expressão do
antígeno Ki-67 no epitélio endometrial de ratas em estro permanente.