Introdução: O equilíbrio eletrolítico é um processo fisiológico, dinâmico e vital para a homeostasia corporal, no entanto, agravos como a insuficiência cardíaca ou renal, os quais inferem retenção excessiva de líquidos, ou diarreia e vômitos persistentes, que provocam perdas exageradas de eletrólitos, promovem o desequilíbrio destes mecanismos de regulação, sendo diariamente visualizados na prática clínica da equipe multiprofissional, especialmente nos âmbitos da emergência e unidade de terapia intensiva. Objetivo: Desenvolver e validar um aplicativo multimídia em plataforma móvel para administração de eletrólitos em pacientes com distúrbios eletrolíticos. Além de discorrer sobre a assistência de enfermagem a pacientes com distúrbios eletrolíticos e a administração de eletrólitos; organizar o conteúdo um aplicativo multimídia em plataforma móvel acerca da temática e averiguar evidências de validade do conteúdo, aparência e usabilidade do aplicativo junto a juízes especialistas. Método: Trata-se de um estudo metodológico, constituído pela construção e validação de um aplicativo multimídia. O estudo foi submetido a avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí e aprovado sob número de parecer 5.706.072. Resultados: Quanto a caracterização sociodemográfica, acadêmica e profissional dos juízes da enfermagem foi evidenciado que a grande maioria era do sexo feminino (11; 91,7%), com idade entre 28 a 52 anos (37,2±6,8) e oriundos do estado do Ceará (08; 66,7%). O tempo de formado variou de 4 a 30 anos; todos eram especialistas (12; 100%) e quatro tinham doutorado (04; 33,3%). No que se refere aos dados profissionais, nove (75%) eram docentes e oito (66,7%) assistenciais, com tempo de trabalho na área de dois a 28 anos e 11 (91,7%) tinham experiência com pacientes com distúrbios eletrolíticos de um a 30 anos; com realização de atividades individuais e coletivas (08; 66,7%); participação em projetos de pesquisa (02; 16,7%); experiência como palestrante (01; 8,3%); orientação de trabalhos acadêmicos (03; 25%), desenvolvimento de pesquisas (07; 58,3%), autoria de artigos (07; 58,3%), participação em bancas (06; 50%) e trabalhos premiados (03; 25,9%). Com relação à caracterização sociodemográfica, acadêmica e profissional dos juízes da TI, observou-se a prevalência do sexo masculino (09; 90%), com idade média de 30,9 (±6,0) anos e vindos do Ceará (06; 60%). A maioria era formado em Ciências da computação (05; 50%), especialistas (06; 60%), atuando profissionalmente na área de tecnologias da informação (05; 50%), por um período variando entre um a 11 anos (5,0±2,5). Referiram experiência na realização de trabalhos na área (10; 100%), no desenvolvimento e implantação de sistemas (10; 100%), trabalhos científicos (07; 70%) e ser titulado por entidades maiores da área (07; 70%). O conteúdo do aplicativo apresentou excelentes índices quanto aos Objetivos, Estrutura/Apresentação e Relevância (IC=100%), sem discordância significativa. A confiabilidade da pontuação excelente (0,95), confirmada pelos seus intervalos de confiança (IC95%=0,91-0,98). Constatou-se que em apenas um aspecto o aplicativo não foi considerado adequado pelos juízes enfermeiros, que referiram que as figuras não elucidam o conteúdo do material educativo (75%). Contudo, não houve discordância significativa quanto à pontuação (p>0,05). No total, o IVA pelos enfermeiros foi de 86,8%. A pontuação revelou excelente confiabilidade (CCI=0,913). Já a pontuação atribuída pelos juízes profissionais da TI evidenciaram que o aplicativo desenvolvido apresentou índices adequados de validade de aparência (90% a 100%), com IVA total de 94,2%, sem discordância significativa entre os juízes (p>0,05) e com confiabilidade excelente (CCI=0,947). A partir da análise da usabilidade do aplicativo, pode-se afirmar que o aplicativo desenvolvido foi considerado de fácil manuseio e compreensão. Entre os enfermeiros e profissionais da TI, os escores variaram entre 50,0 (aceitável) a 100,0 (melhor aceitável). Conclusão: Especialistas em enfermagem e TI garantiram a validade do aplicativo quanto ao conteúdo e aparência, além de atestarem sua usabilidade, garantindo um produto tecnológico educativo com informações relevantes por meio de linguagem acessível e figuras claras, objetivas e atraentes para usuário.