Fatores de risco cardiovasculares e síndrome metabólica em crianças e adolescentes
Sedentarismo. Obesidade. Fatores de Risco. Síndrome X Metabólica
Nas últimas décadas, as Doenças Cardiovasculares (DCV) foram responsáveis pela morte de 17 milhões de pessoas, comportamento, esse, semelhante as grandes endemias dos séculos passados ao se analisar sua epidemiologia. A presença da obesidade aliada à Síndrome Metabólica (SM) é fator imprescindível no desenvolvimento de doenças cardiovasculares ainda na infância, como também, a apresentação da Diabetes Melito Tipo 2 (DM2). E não obstante, o sedentarismo contribui significativamente para o surgimento dessas disfunções. No contexto internacional e no Brasil há evidências quanto a prevalência de fatores de risco cardiovascular e SM. No estado do Piauí e especificamente na cidade de Picos, se conhece pouco a sua prevalência, assim como de seus fatores isolados e/ou associados em populações específicas, como em escolares. Objetivou-se avaliar a frequência de fatores de risco cardiovascular entre crianças e adolescentes e sua associação com a SM. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado com 421 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos, de escolas públicas municipais da cidade de Picos – PI, em 2014. Inicialmente os estudantes preencheram um instrumento contendo dados de identificação, socioeconômicas e relacionados a prática de atividade física. Em segundo momento, foram avaliados os dados antropométricos peso, altura, índice de massa corporal e circunferência abdominal, como ainda mensurado a pressão arterial. Coletas sanguíneas foram realizadas por um laboratório especializado, respeitando o jejum de doze horas, para glicemia venosa, triglicerídeos e HDL – colesterol. Para o diagnóstico de SM utilizou-se o proposto por Cook et al. (2003). O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal do Piauí, obtendo aprovação sob parecer nº 714.995.