A confecção de um estoma altera significativamente a relação entre a pessoa e seu mundo social, sendo necessário conhecimentos sobre o seu problema de saúde, com ensino individual para que as ações de adaptação/autocuidado tenham sucesso. A Escala de Adaptação a Ostomia de Eliminação (EAOE) foi construído e validado por Sousa, Santos e Graça (2015), em Portugal, e tem como finalidade avaliar a adaptação do paciente com estomia de eliminação. Os objetivos desse estudo foram adaptar e validar a EAOE ao contexto brasileiro. Foi realizado um estudo metodológico, seguindo as etapas: adaptação para o português do Brasil; comitê de especialistas; análise semântica com a população em estudo e comitê de juízes para a validação de conteúdo. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Na primeira fase da pesquisa, a escala original foi adaptada pela pesquisadora para o português brasileiro. Em seguida, as duas versões, original e adaptada, foram enviadas para sete especialistas avaliarem as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual, obtendo uma nova versão, que foi submetida à análise de 20 estomizados de um centro integrado de saúde da capital do Piauí, sendo que todos esses participantes também responderam a questionários sóciodemográficos e de formação. A versão obtida após essas análises foi enviada para um comitê de três juízes para a realização da validação de conteúdo. O coeficiente de validade de conteúdo da escala atingiu valores de 0,9 para os critérios: clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica, e, para a categoria “dimensão”, o kappa médio teve valor moderado (0,587). O processo de adaptação cultural da EAOE resultou em uma versão confiável, com conteúdo válido, porém é necessário que seja testada as propriedades psicométricas dessa versão.