Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde em 14 de agosto de 2020, a síndrome causada pelo vírus conhecido como COVID-19 é a pandemia mais devastadora que o mundo enfrenta neste século. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em fevereiro, e séries de ações foram tomadas para conter e retardar a progressão da doença. Em 3 de fevereiro de 2020, o país declarou uma emergência de saúde pública antes mesmo de o primeiro caso ser confirmado. No Piauí, altas taxas de letalidade foram registradas entre hospitais com desfechos para COVID-19, principal-mente no interior do estado, sugerindo que as disparidades regionais na saúde são um fator nos des-fechos hospitalares. Objetivo: Investigar a prevalência da COVID-19 e os fatores associados, no Es-tado do Piauí. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, de natureza epi-demiológica e quantitativa. Foram estudadas todas as notificações de casos de Covid-19 no Estado do Piauí, no período de janeiro a dezembro de 2021 e incluídas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS e PAINEL COVID-19 PIAUÍ sob suporte do DATASTUDIO-PIAUÍ. A variável dependente foi a confirmação de COVID-19, comorbidades e suporte de oxigênio. As variáveis independentes foram os fatores sociodemográficos, e fatores clínicos. Os fatores socio-demográficos compreenderam: sexo, todas as faixas etárias, raça, município de residência. Com re-lação aos fatores clínicos, analisou-se: uso de suporte ventilatório. Por tratar-se de dados secundários, de domínio público e sem a identificação dos participantes, dispensou-se a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, conforme Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016, do Con-selho Nacional de Saúde (CNS). Resultados: No estado do Piauí apresentou 56,03% de casos do SARS-CoV-2 em pessoas que se denominavam pardas e 14,98% de pessoas que se denominavam brancas. Em relação à comorbidades, 59,46% dos casos confirmados eram pacientes que apresenta-vam comorbidades, em relação à idade, o Estado apresentou maior número de casos na faixa etária de 20 a 49 anos, 17,66%, diferentemente do que foi observado na Capital, que apresentou maior números de casos em pacientes com mais de 71 anos, 25,29%, e 17,99% para faixa etária entre 61 a 70 anos. Foram analisado aos dados referentes ao estado do Piauí e Capital, a maioria dos pacientes precisou de suporte, embora não invasivo (56,77%). E em segundo lugar estão aqueles que não pre-cisaram de suporte ventilatório, com 20,81%. Observa-se que apenas 15,28% precisaram recorrer ao suporte invasivo. Conclusão: A Capital apresentou o maior número de casos na faixa etária de 20 a 49 anos o que destoa em relação ao estado do Piauí que as faixas etárias evidenciam uma tendência progressiva para o número de pacientes em relação à faixa etária. O número de pacientes que possu-íam alguma comorbidade se revelou 18,92% maior comparativamente às pessoas plenamente saudá-veis. Um dado que se refletiu na necessidade de suporte ventilatório, pois estabelecendo um cruza-mento dos dados do DATASUS, é possível afirmar que todas as pessoas com comorbidades precisa-ram recorrer ao suporte ventilatório.