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Banca de DEFESA: DANIELLA MENDES PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLA MENDES PINHEIRO
DATA: 29/01/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do PPGEnf
TÍTULO:

PREVALÊNCIA DO ANTI-HCV E FATORES ASSOCIADOS EM DETENTOS DAS PENITENCIÁRIAS DO PIAUÍ


PALAVRAS-CHAVES:

Hepatite C, Fatores de risco, Prisões, Enfermagem.



PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A hepatite C representa um problema para a saúde pública mundial devido à sua gravidade e elevada taxa de cronicidade, podendo evoluir para doença hepática crônica, cirrose e até mesmo hepatocar­cinoma, caracterizando-se como a maior causadora de óbitos entre todas as hepatites. Os internos tendem a importar para a prisão o padrão de comportamentos que tinham no exterior do presídio e isso os torna mais expostos ao risco de contrair doenças infectocontagiosas. OBJETIVO: Investigar a prevalência de hepatite C e fatores associados em detentos das penitenciárias do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa epidemiológica do tipo transversal, inserida em um macroprojeto, denominado: Prevalência de DST e fatores associados em internos do sistema prisional do Piauí. O estudo foi desenvolvido nas doze unidades prisionais do estado. A coleta de dados foi realizada nos meses de dezembro/2013 a maio/2014, por meio de entrevista com a utilização de formulário pré-testado e realização de testes rápidos para identificação seletiva de anti-HCV em amostras de sangue total. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 19.0. Foram realizadas análises bivariadas, por meio do teste de Regressão Logística Simples (odds não-ajustado) e as variáveis, que apresentaram valor de p<0,05, foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística (odds ajustado). O estudo respeitou o sigilo das informações e os preceitos éticos da Resolução 466/12.  RESULTADOS: Dentre os 2.131 presidiários que participaram do estudo, a maioria era do sexo masculino (92,8%), encontravam-se na faixa etária de 23 a 32 anos (48,6%), pardos (61,6%), solteiros, separados ou viúvos (58%), tinham o ensino fundamental incompleto (63%) e apresentaram renda familiar de até um salário mínimo (69,6%). Sobre o padrão de uso de álcool e outras drogas, 78,7% afirmaram usar bebida alcoólica, sendo a cerveja o tipo mais freqüente (91,2%), 57,6% fazem uso de algum tipo de droga ilícita e desse total 58,6% relataram utilizá-la diariamente. Quanto aos fatores de risco para infecção, 2,5% fizeram transfusão de sangue antes de 1993, 55% compartilham material perfurocortante, 60,4% têm tatuagem, 13,9% fazem uso de piercing e 1% fizeram uso de seringa de vidro. Constatou-se os comportamentos sexuais de risco e o baixo nível de informações que os internos têm sobre a hepatite C. A prevalência de positividade ao Anti HCV foi de 0,3%, sendo, no modelo bivariado estatisticamente associada com as variáveis: cor da pele, idade, anos de estudo, uso de drogas ilícitas, transfusão de sangue antes de 1993, uso de seringa de vidro, relação sexual com pessoas do mesmo sexo, seleção do parceiro de confiança, uso de bebidas alcoólicas antes da relação, sexo vaginal e as informações sobre as formas de transmissão da hepatite C. A variável transfusão de sangue antes de 1993 foi a única que se manteve associada no modelo de regressão logística múltipla. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciam que os internos apresentaram comportamentos de risco relacionados à infecção pela hepatite C, entretanto o estudo identificou uma prevalência inferior à estimativa encontrada na população geral e mundial. É relevante o investimento de ações de educação em saúde no ambiente prisional e o fortalecimento de ações de vigilância em saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167764 - TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
Interno - 1792859 - ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
Interno - 2364966 - ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
Externo à Instituição - LIBERATA CAMPOS COIMBRA - UFMA
Notícia cadastrada em: 25/01/2016 16:03
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