A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER VENOSO CENTRAL PARA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA.
Cuidado; Cateteres venosos centrais; Enfermagem.
A persistência dos altos índices de infecções hospitalares mesmo após a consolidação de evidências científicas das práticas que previnem tais infecções perpassa aspectos que somente podem ser compreendidos após o conhecimento da prática assistencial do enfermeiro que enquanto líder da equipe de enfermagempossui papel fundamental na prevenção de infecção de corrente sanguínea relacionado ao cateter venoso central. O estudo tem como objetivo descrever os procedimentos e analisar o cuidado prestado pelos enfermeiros aos pacientes com cateter venoso central a fim de prevenir a infecção de corrente sanguínea. Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com doze enfermeiros que atuam na terapia intensiva de um hospital de urgência de Teresina – PI. A produção dos dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada com os sujeitos da pesquisa. Os dados foram processados no software Alceste 4.8 e analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente, baseada no conceito de cuidado de Leonardo Boff. Os resultados foram apresentados em dois segmentos de acordo com a relação entre as classes formadas: segmento 1 – O cateter venoso central e sua utilização na terapia intensiva, composto de duas classes, a classe 1 – O cateter venoso central como via de acesso para infusão de drogas e a classe 2 – O manuseio do cateter venoso central na terapia intensiva; o segmento 2 – Procedimentos e cuidados prestados pelo enfermeiro a fim de prevenir a infecção de corrente sanguínea, que abrange a classe 3 – A técnica de realização do curativo no cateter venoso central; classe 5 – O cuidado prestado ao paciente com cateter venoso central; classe 6 – Os sinais de infecção da corrente sanguínea e o registro no prontuário e a classe 4 – A importância de um protocolo de rotinas. A análise das classes revela que os enfermeiros possuem o conhecimento científico das práticas a serem adotas para a prevenção de infecção de corrente sanguínea, porém por vezes não as adotam em seu cotidiano assistencial. No entanto, os enfermeiros mostraram-se preocupados em supervisionar as práticas adotadas pelos demais profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente com cateter venoso central e reconhecem a importância da adoção de um protocolo de rotinas acerca da temática em seu serviço de saúde, até então inexistente.